Equilíbrio

Pensar demais nos outros pode lhe magoar mas pensar demais em si mesmo pode te tornar egoista.

Amar demais pode doer, amar de menos pode te deixar uma pessoa amarga, solitária.

Chorar demais pode fazer sua credibilidade diante dos outros em problemas realmente serios se perder, chorar de menos te corroe por dentro.

Sorrir demais pode te fazer parecer bobo, sorrir de menos, antipatico.

Se divertir demais te faz esquecer de algumas responsabilidades, se divertir de menos torna a vida mais séria do que é pra ser.

Isto e muitas outras situações nos faz enxergar que nem sempre coisas essenciais, se dosada de forma errada, continuam sendo essenciais. Que nem todo amor nos faz bem se deixarmos ele ser maior do que nós mesmos, perdendo assim nossa verdadeira identidade, que nem toda as preocupações são necessarias comparadas a tantos problemas que podemos ter, que sorrir tem que ser espontâneo e verdadeiro, e não ser usado como objeto pra disfarçar uma situação ou a pessoa que você é, que as lágrimas não podem ser usadas pra conseguir algo forçado, fazer amenizar uma culpa que você tem, ou pra te fazer uma pessoa digna de dó para que as pessoas te enxerguem. Que pensar em si mesmo tem que ser pelo lado positivo, nas suas capacidades, na sua força de vontade, no seu potencial e não pensar em si como "mais" do que alguem, ou como belo demais, e pensar nos outros quando for pra ajudar, estender a mão sem querer nada em troca ou achando que vai conquistar mais espaço e adoração por isso.

Portando até as coisas "boas" da vida nos pregam peças, que se conduzidas de forma errada se tornam negativas, que na vida nunca devemos seguir os caminhos das extremidades, mas sim, sempre o do meio, o do equilibrio, a dose certa, porque mesmo neste caminho ainda teremos muitos tombos pra levar, muitas liçoes para aprender, muitos passos para dar.

Luli Pupo
Enviado por Luli Pupo em 07/11/2006
Reeditado em 12/11/2006
Código do texto: T285016