Rosa branca

Sentada em uma rocha

Olhando o horizonte

Observando o pôr do sol

E os pássaros na fonte

O som da cachoeira

Descansava a mente

O corpo enterneceu

Adormecendo carente

Os olhos se fecharam

Os sonhos apareceram

Eram sonhos bonitos

Mas meus olhos estremeceram

Uma borboleta,

Acordando-me num paraíso

Flores, brisa, aromas, pássaros...

Será que perdi o juízo?

Segui a borboleta até num vale encantado

Olhei para as árvores e nada mais enxerguei

Olhei para as árvores e lá encontrei

Eram gnomos, eu não estava acreditando

Passei as mãos nos olhos e olhei novamente

Eles perderam a fala

Mas continuaram na minha frente

Ficamos nos entreolhando durante um tempo

De repente fadas chegaram cantando

Pegaram-me pelo braço e algumas empurrando

Fui parar num lugar

Lembro-me como se fosse hoje

Aroma de flores no ar

Terra macia como nuvens

Água caindo, assim como as lágrimas na minha face

Estava lá apenas há alguns segundos, entretanto era como se já o amasse

Observei um túnel e um pouco adiante uma luz

As fadas me deram uma rosa branca

E me mandaram seguir

Olhei para elas e não entendi,

Porém fiz o que me mandaram e a flor no cabelo pus

O túnel era escuro

E a luz no fim dele radiante

Passei por ela

Segui confiante

Lá encontrei a minha família

Todos cantavam, dançavam, sorriam, gargalhavam e acenavam para mim

Tentei me aproximar deles, mas não consegui

Entrei em pratos, gritando querendo-os

Chorei até adormecer

Num sonho sem fim

De repente despertei com um clarão,

Deitada na rocha

O sol já havia nascido

A cachoeira continuava derramar sua água

Eu não sabia se era sonho ou realidade

Então apareceu aquela mesma borboleta

Pousou no meu peito

E foi embora

Sentei-me olhando assustada

Passei a mão no cabelo e lá estava

A rosa branca me trazendo a resposta.

Levantei e fui embora

Agradeci ao Senhor por aquele momento me proporcionar

Peguei a rosa branca

E ao encontro da minha família comecei a andar.

Escrito por: Mariane Souza