Momentos bons jamais se apagarão...

Acabava de iniciar o último ano do ensino médio. Como qualquer jovem estava eufórica e obviamente muito apreensiva. A sensação de perda começa a apertar a medida que o tempo vai passando. E a hora do adeus vai chegando e dói muito.

Neste momento cenas passam pela mente e te confundem. Primeiro é o desejo imenso de que tudo acabe logo, mas depois você começa a ter um choque de realidade e percebe que os novos ares são assustadores.

A Escola não é simplesmente um prédio, classes, cadeiras ou quadros.

Formados por tijolos e muros que sustentam a estrutura. Nem um abrigo de professores autônomos e independentes ou de alunos dividos entre os mais inteligentes ou mais complicados e funcionários que mantêm a Escola em plena ordem. É claro que o bom funcinamento de uma Escola depende disso tudo, de professores, alunos, funcionarios e o prédio.

A Escola não é só metódos de ensino, se fosse assim com certeza as instituições educacionais estariam falidas. A escola é onde o aluno tem a chance de descobrir seu segundo lar. E ele descobre uma família inteira, são tantos tios e tias, irmãos e irmãs, pais e mães que por muito tempo são taxado de chatos.

É uma família e das grandes. E infelizmente todos nos que somos e já fomos alunos, descobrimos isso quando chega a hora de partir. E eu descobri no meu último ano, que a minha amada Escola Cruzeiro foi bem mais que uma simples escola.

Foi o lugar que eu vivi os sentimentos mais maravilhosos, onde construi os melhores caminhos. Onde tive os maiores sonhos. Nela eu tive os melhores professores do mundo, nela eu encontrei os colegas mais incriveis e amigos que eu poderia ter.

Com essa descoberta desejamos parar o tempo e não deixar passar, os novos planos parecem ser mais trabalhosos, o novo toma um amargo gosto de medo. Porém chega a formatura, aí a emoção vem a tona. Pelos amigos que deixaremos, os sentimentos que abandonaremos. E as incontáveis vezes que evoluimos juntos, as colas, as vésperas de prova, a angustia na entrega das notas, o fundão bagunceiro, o monópolio de risos que invadia a sala, nas horas mais impróprias, as cobranças, exigências,os professores. O friozinho da expectativa em se formar. Ah, que falta tudo isso fará.

É assustador largar a estabilidade que até o momento tinhamos. Nos demos conta que foram tantos risos, tantas emoções divididas juntos. Mas descobrimos que esse momento maravilhoso que passou não precisa ser apagado da nossa memória, podemos manter as lembraças vivas dentro de cada um, de onde nunca se apagarão. Pois quem sabe as fotos que tiramos sejam perdidas, a mensagens podem se desgastar. Porém, as lembranças que cultivamos jamais se apagarão.

Posso afirmar que daqui alguns anos direi para os meus filhos ou quem sabe até netos, que eu estudei na melhor escola do mundo e convivi com as melhores pessoas do mundo, mesmo tendo as nossas difernças. Isso porque eu fiz parte da minha escola e não apenas passei de ano. Porque convivi com as pessoas e aprendi a respeitar a singularidade de cada uma. E esse respeito foi reciproco. Dizer adeus foi dificil, mas partir sabendo que fizemos o melhor que podiamos foi o mais sossegado.

JÉSSICA ANDRADE
Enviado por JÉSSICA ANDRADE em 11/05/2011
Reeditado em 21/03/2012
Código do texto: T2962409
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