Filhos são do mundo: NÃO É de José Saramago

Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens.
A partir de certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo!

Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice?

Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo! Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os filhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.

Santo anjo do Senhor... É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, orar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!

(Desconheço o autor)

"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver" (José Saramago)
 

Nota: (observe o que está em negrito...)

1. O referido autor, escritor, jornalista, autodidata, dramaturgo e Nobel de literatura (1998) ateu confesso e geralmente ao citar Deus recai em questionamentos (polêmicos) vide: O Evangelho Segundo Jesus Cristo e outros.
Sem dúvida, na internet quem acompanhar os sites oficiais ex: http://josesaramago.blogspot.com/ poderá notar que a “respiração” do autor, difere do que estão repassando por e-mail, vide: http://caderno.josesaramago.org/indice/2. O que pode estar gerado a confusão? O texto é de autor desconhecido é concluído com uma frase final entre aspas... esta pode até ser uma frase de Saramago mas não como não se tem até o momento o destaque em livro e/ou entrevista, por enquanto não possuímos referencial fidedigno, logo no momento seria interessante repassar o texto como: vem sendo atribuído a Saramago, no entanto quem confirma este material? Veja abaixo em OBS.

2. Três fatos:

a) a maioria dos repasses vem sendo feitos do Brasil (BR) poucos s(a)ites portugueses estão “blogando” – Filhos do mundo – c/ a assinatura de Saramago sem referenciais bibliográficos para José Saramago (sem fontes = não é do referido autor)

b) pode-se desconfiar que mesmo apesar do Nobel, nem todos compreendem a dramaturgia de Saramago “com suavidade” ...porque o AVIRA AntiVir Personal (fev/2011) vem detectando vírus no site: http://www.facom.ufba.br aonde são apresentados trechos dos trabalhos do autor;

c) Contudo (cá entre nós): apesar dos prós e contras, continuo defendendo até a morte o direito de se escrever o que se bem entende, como também o que não se entende (ainda) muito bem... no entanto é sempre bom procurar dar o nome aos verdadeiros bois.

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OBS: Segue o comentário da Fundação José Saramago acerca da autoria desse texto
 
O texto NÃO É de Saramago. Ele foi enviado à Fundação José Saramago por fãs que desconfiaram da origem do texto. 
 
Eis a resposta da funcionária da fundação:
“Temos sido questionados com frequência acerca deste assunto, e o que podemos esclarecer é que não reconhecemos o texto que circula na web como sendo da autoria de José Saramago, supondo nós tratar-se de mais uma falsa atribuição de autoria, como tantas outras impossíveis de impedir de circular…” 
 
Sem mais e Cordialmente,
Rita Pais
Fundação José Saramago”

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OBS:
(...) em todas as entrevistas que dei tive que repetir que não acredito em Deus, e muitas vezes tive que explicar por que não creio, enquanto que teve grande impacto na minha produção literária, pois se não fosse o Nobel, provavelment eu não teria me tornado conhecido em todo mundo. ~ José Saramago, in: Reflexões de Saramago, por Eva do Carmo.

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OUTRO TEXTO QUE NÃO É DE SARAMAGO


Quantos anos tenho? 

Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.

Tenho os anos em que os sonhos começam trocar carinhos com os dedos e as ilusões se transformam em esperança.

Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama louca, ansiosa para se consumir no fogo de uma paixão desejada. E em outras, uma corrente de paz, como um entardecer na praia.

Quantos anos eu tenho? Não preciso de números para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho, ao ver meus sonhos destruídos…
Valem muito mais que isso.

 Não importa se faço vinte, quarenta ou sessenta!
O que importa é a idade que eu sinto.

Tenho os anos de que preciso para viver livre e sem medos. 
Para seguir sem medo pelo caminho, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.

Quantos anos tenho?  Isso não importa a ninguém!
Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e sinto.

AUTOR DESCONHECIDO

Copiado na rede, COMENTÁRIO da leitora Maria Martins (no site
CONTI outra)

ATENÇÃO!, Este poema NÃO É da autoria de JOSÉ SARAMAGO! Transcrevo a seguir a resposta que recebi da Fundação José Saramago á minha pergunta ácerca da veracidade da autoria. Apesar de eu gostar muito deste texto,havia algo que me dizia que não seria da autoria de Saramago que eu muito admiro. Só não entendo por que razão alguém que escreve tão belo poema haveria de esconder -se por trás do nome do nosso Prémio Nobel… Aí vai a resposta:

“Estimada senhora
Agradeço o seu contacto e informo que o texto que transcreve, e que circula profusamente na net, não é da autoria de José Saramago. Independentemente da qualidade de que o texto se possa revestir, trata-se de uma das inúmeras falsas atribuições que circulam na internet sem que possa haver qualquer controlo sobre elas.

Cordialmente

Rita Pais
Coordenadora literária
FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO
 

 Foto: FLICKR, Fundação Saramago