AS SETE IGREJAS. Parte 1 de 2

Há muito; muito tempo atrás; eu estava caminhando sem foco. Sem rumo, totalmente perdido e desorientado.

Então procurei um guru. E o tal guru, vendo que nada podia fazer, me disse então que o meu caso somente DEUS. E me falou então a respeito de sete igrejas. Entretanto não conhecia nenhuma delas de verdade.

Vi então que aquele guru era na verdade um charlatão. Mas pensei mesmo um charlatão tem que ganhar a vida. Entretanto achei que o que ele me disse fazia algum sentido. Então fui buscar as tais sete igrejas.

Ao adentrar à primeira, logo vi que tudo era muito estranho e que os costumes eram iguais aos que eu via pelos terreiros de feitiçaria por onde andei. Os mesmos enganos.

Os santos eram os mesmos, só mudavam de nome. A mesma fumaça, a mesma pregação e para piorar, o líder deixava fluir a sua paixão exacerbada pelas

festas com o propósito de arrecadação regada à cerveja, bingos, sorteios, jovens com comportamento inadequado e uso de drogas, tornando tal festa que deveria ser de santidade em festa profana, com interesses financeiros acima do espiritual.

Decidi então buscar outra.

Ao entrar na segunda, percebi que havia um misto de verdade e folclore. Muitas regras; muito medo de tudo e de todos.

Restavam ainda cinco. Resolvi caminhar.

Entrei na terceira igreja, e a proposta era para que eu desse tudo que eu tinha pela obrigação de eu ter sacrificado até mesmo o meu último tostão. Colocando bens materiais acima do próprio CRISTO, e ensinando ser possível colocar DEUS contra a parede.

Achei muito fora do que eu apesar de minha ignorância das coisas de DEUS entendia por correto.

Sai dali e quase desisti de seguir adiante; mais fui em frente. Na quarta igreja; os sacrifícios eram camuflados, mas, andava na mesma linha.

Faltavam três, e eu bem abatido por causa da decepção, mas segui em frente.

Entrei então em mais uma igreja. Era muito calma, parecia um hospital. Reinava um silencio entediante, as pessoas se portavam com pompa e com uma pose que me remetia aos cerimoniais reais da idade média. A palavra era esplanada na sua literalidade, mas o espiritual parecia não existir.

Chegando em casa pensei bem. Poxa. Será que eu estou sendo muito exigente? Será que estou sendo severo demais nas críticas?

Será que os meus olhos são maus?

Pr roberto ramos
Enviado por Pr roberto ramos em 30/09/2011
Reeditado em 30/09/2011
Código do texto: T3249058
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