O DOM DE ILUDIR
Não concordo com a expressão: “desilusão amorosa”.
Já tive algumas desilusões e acredite não foram poucas, mas foram suficientes para entender que o amor é um sentimento que temos ou não e como tal não nos impõe nada apenas sentimos.
A desilusão é pessoal, somos nós que criamos conceitos irreais sobre algo, alguém ou uma determinada situação; logo a desilusão é pessoal e não amorosa.
O amor é um sentimento e não tem nada a ver com nossas ilusões, nós somos os únicos responsáveis pelo que acreditamos.
E nem pense que não é o único responsável, diria você: -“Mas ele (a) me iludiu quando disse isso, quando demonstrou aquilo. E eu digo:- “Ainda assim, quem mandou você acreditar?
As pessoas fazem o que elas querem e nós aceitamos ou não. Na verdade nos iludimos porque queremos acreditar e se queremos a responsabilidade pela ilusão ou desilusão é nossa.
Não pense que pra mim é fácil admitir isto, como já disse no princípio, tive algumas desilusões e para chegar à conclusão de que fui responsável por elas e irresponsável com meus sentimentos; ah, isto foi um custo.
Não é assim de primeira que isto entra na cabeça, mesmo porque é muito mais fácil transferir a culpa para a conta do outro e passar de vítima, mas não, somos os únicos responsáveis por criar as ilusões e depois por nos desiludir quando percebemos que na verdade não era bem aquilo.
Aí já é um pouco tarde e sofremos. E sofrer também é uma questão bem particular, mas vou deixar para um próximo texto.
Bom, eu ainda tenho meus vacilos, mas a consciência é um primeiro passo para não cair de tão alto.
Espero com esse texto conseguir ajudar mais pessoas a não se iludir e viver de maneira mais consciente e responsável.
Agora se você é do tipo que gosta de iludir desavisados fica aqui o alerta: agora além de você mais gente está lendo e tomando consciência dos perigos da ilusão.
Seus tempos de impunidade estão chegando ao fim. As suas vítimas não serão mais presas assim tão fáceis e saberão ser responsáveis consigo mesmas.
Sinceramente o melhor crescimento é quando paramos de responsabilizar o outro e nos tornamos responsáveis.
Elaine Spani
04/01/2012