ANDAR DE BAIXO (Almany - 25/03/08)

Moro em um prédio da periferia,

parte de um conjunto habitacional,

onde reina a pobreza operária

e moram os meninos da esperança.

Nem mesmo os poderes da ciência,

é capaz de entender tanta harmonia,

que há entre tantos desiguais.

Resido num espaço pequeno,

um gueto, de becos, sem praças,

sem shopping, sem estacionamentos,

mas com uma freguesia das melhores.

Tenho dó do meu vizinho de cima,

pois sua patroa nem sempre

estar de bom humor, então já sabe,

estão sempre em reclames e brigas,

mas que sempre acabam em paz, na cama!

Já no andar de baixo, não tem ninguém,

também pudera, ele pra mim não existe,

pois abaixo de mim só o térreo.

Ok! Eu sou o andar de baixo!

E daí?

Me sinto um privilegiado,

pois meu edificil, num tem elevador.