Meu Ser

Estamos condicionados a um tempo de perda.

Perdemos o sorriso dos olhos, a cor, o brilho da condição, perdemos a razão.

Nossa subjetividade, enfim, a realidade.

Vivemos arfantes numa intrepidez exaustiva que não nos permite revelar à nossa alma, toda sua insensatez.

O silêncio que distancia o pequeno espaço dos olhos, subitamente revela toda covardia.

Nossos desamores, dissabores entrelaçados na dor que o peito traz. Perdemos a saudade, que açoita o nosso íntimo. Sorrateiro, outrora a sombra se ocupa no espaço vazio.

A demissão passa ser crucial, e todos os caminhos levam-nos a um estreito espaço, sem subsistência.

E nos acovardamos, simplesmente por ocultar mais uma dor, outra vez.

adiv
Enviado por adiv em 22/01/2012
Reeditado em 03/02/2012
Código do texto: T3454990