Meu Ser
Estamos condicionados a um tempo de perda.
Perdemos o sorriso dos olhos, a cor, o brilho da condição, perdemos a razão.
Nossa subjetividade, enfim, a realidade.
Vivemos arfantes numa intrepidez exaustiva que não nos permite revelar à nossa alma, toda sua insensatez.
O silêncio que distancia o pequeno espaço dos olhos, subitamente revela toda covardia.
Nossos desamores, dissabores entrelaçados na dor que o peito traz. Perdemos a saudade, que açoita o nosso íntimo. Sorrateiro, outrora a sombra se ocupa no espaço vazio.
A demissão passa ser crucial, e todos os caminhos levam-nos a um estreito espaço, sem subsistência.
E nos acovardamos, simplesmente por ocultar mais uma dor, outra vez.