NEGRO SANGUE VERMELHO

Surram-me, batem-me,

Xingam-me, latem-me,

Tratam-me como um bicho!

Pois não sou branco,

Nem mesmo amarelo,

Sou apenas um mestiço!

Sou da roça. Sou do mato!

Sou da terra, sou do pasto!

Não sou homem por inteiro!

Pois não tenho cor de pele,

Nem tão pouco o dinheiro,

O que eu tenho vem de dentro!

O de dentro não importa,

Pois tão pouco aparece,

O que vale nesta vida, é a tua aparência terrestre!

Tenho coração por dentro,

Tenho sangue em minhas veias,

O mesmo da cor vermelha!

Vermelha, da mesma cor do Alemão,

Vermelha, da mesma raça Africana,

Vermelha, é a mesma que rico e pobre têm, dentro das veias.

OliveiraBrasão
Enviado por OliveiraBrasão em 16/01/2007
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