No Retoque da Palavra
Seja onde for, não afirme: - Detesto esse lugar.
Cada criatura vive na terra dos seus credores.
Ouvindo a frase infeliz, não grite: - É um desaforado.
Invigilância alheia pede a nossa vigilância enferma.
Sentimento a mocidade, não assevere: - Preciso gozar a vida.
Romagem terrestre se compromete, amanhã seremos nós.
A frente do amigo endividado, não ameace: - Hoje ou nunca.
Agora alguém se compromete, amanhã seremos nós.
Ao companheiro menos categorizado, não ordene: - Faça isso
Indelicadeza no trabalho, ditadura ridícula.
Perante o doente, não exclame: - Pobre coitado.
Compaixão desatenta, crueldade indireta.
Ao vizinho faltoso, nunca diga: - Dispenso-lhe a amizade.
Todos somos independentes.
Sob o clima da provocação, não se queixe: - Não suporto mais.
O fardo do espírito gravita na órbita das suas forças.
No cumprimento do dever, não clame: - Estou sozinho.
Ninguém vive desamparado.
Colhido desapontamento, não reclame: - Que azar.
A lei não chancela imprevistos.
A face do ideal, não se lastime: - Ninguém me ajuda.
No Espiritismo temos responsabilidade pessoal com Cristo.
André Luiz
Fonte – Livro O Espírito da Verdade