No Retoque da Palavra

Seja onde for, não afirme: - Detesto esse lugar.

Cada criatura vive na terra dos seus credores.

Ouvindo a frase infeliz, não grite: - É um desaforado.

Invigilância alheia pede a nossa vigilância enferma.

Sentimento a mocidade, não assevere: - Preciso gozar a vida.

Romagem terrestre se compromete, amanhã seremos nós.

A frente do amigo endividado, não ameace: - Hoje ou nunca.

Agora alguém se compromete, amanhã seremos nós.

Ao companheiro menos categorizado, não ordene: - Faça isso

Indelicadeza no trabalho, ditadura ridícula.

Perante o doente, não exclame: - Pobre coitado.

Compaixão desatenta, crueldade indireta.

Ao vizinho faltoso, nunca diga: - Dispenso-lhe a amizade.

Todos somos independentes.

Sob o clima da provocação, não se queixe: - Não suporto mais.

O fardo do espírito gravita na órbita das suas forças.

No cumprimento do dever, não clame: - Estou sozinho.

Ninguém vive desamparado.

Colhido desapontamento, não reclame: - Que azar.

A lei não chancela imprevistos.

A face do ideal, não se lastime: - Ninguém me ajuda.

No Espiritismo temos responsabilidade pessoal com Cristo.

André Luiz

Fonte – Livro O Espírito da Verdade

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 18/02/2012
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