Ninguém nasce para fazer turismo

A covardia do homem o leva a temer os fatos da vida sem enfrentá-los. Ao primeiro fracasso, vira as costas para as verdades e assim vai assassinando os sonhos e as esperanças dos seus companheiros, não se importando com as consequências, que são terríveis quando abusamos do livre arbítrio. Por que o homem tira a vida de seu semelhante? Porque dentro dele a violência e a morte fez morada. Por si só já é um morto, quando nada espera depois desta vida. Age como se fosse um privilegiado. Vai sempre obtendo vantagens e se inflando de orgulho, egoísmo e vaidade, até que cessa a sua respiração, e ele se vê nu e perdido em um mundo que fez de tudo para ignorar.

Sua casa mental está cheia de registros, episódios marcados pela dor que ele multiplicou sobre a terra. É a hora do “ranger dos dentes”. O grito de socorro só será abafado pela lembrança do seu egoísmo e da sua maldade. Temos potencial para desenvolver asas para galgar as alturas, mas preferimos os pés chumbados na matéria do orgulho, vaidade e egoísmo, e nada fazemos pelo nosso crescimento moral.

Cada qual tem suas missões para a evolução própria e do planeta. Ninguém nasce para fazer turismo. A ganância do homem e a decadência da mulher, que nasceram com a responsabilidade de fazer dos seus filhos homens de bem e não o que estamos vendo.

Nos tempos modernos, o ser humano não deseja assumir responsabilidade, e um filho é mais que uma responsabilidade, é a renúncia da própria vida.

Roberto Valverde
Enviado por Roberto Valverde em 22/03/2012
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