Quando a alma não cura.

O que seria realmente uma alma dorida?

O que estaria buscando entre os escombros, que não seu próprio resto?

Estaria intolerantemente desperdiçando uma sobrevivência necessária. O destempero que aloja, tornou-se um prelúdio carregado de amargas tragédias circunstanciais, sem desejo de renovar a negritude inata que o tempo sobrepõe, abre asas sem restringir voo.

Não quer nascer de novo.

É preciso reinventá-la.

Ceder lugar àqueles que sabem combater a intrepidez que, sem querer, tornou-se crucial.

Não é preciso arfar cada segundo expondo para ser despido

covardemente, e os conscientes que 'matam', recuam sem pressentir a lenta decomposição. Há quem covardemente limita suas asas, podam seus sonhos, lhe tiram de si, e o que resta aos olhos, ganha um singular domínio, encontra refúgio o bastante em si.

Ainda que, inventa outra realidade estará sempre embaixo aos escombros. E ao mesmo passo, acoberta-se de tanta sabedoria que o torna covarde.

Não encontra força, porém, mergulha em profunda e riqueza sabedoria. Seria como um mar em altas ondas a expurgar todas as ameaças e alça voo em águas rasas.

Seria apenas necessário vestir a cara e permitir que apenas os escombros saíssem de cima de si. E o que parece poder, nada mais é que a morte.

adiv
Enviado por adiv em 02/04/2012
Reeditado em 03/04/2012
Código do texto: T3591012