MORTE E RENASCIMENTO

MENSAGEM INCÓGNITA

MORTE E RENASCIMENTIO

Mensagem inspirada – Rosa Maria Garcia Menegueli

Já andei terras, enfrentei guerras, já orei e já blasfemei. Rastejei e deixei rastros, fui achada e massacrada, arrasada ouvia as gargalhadas das gralhas mundanas, já fui amada, odiada, julgada e condenada, queimada e purificada e a batalha venci.

Ressurgi das cinzas brancas fortificadas e iluminada para a nova caminhada.

Untei meu coração com vinho e mel, vesti meu corpo escultural com o brilho do sol, nos olhos pinguei o colírio do amor e do mistério e nos pés vesti o veludo de um gato e fiz um novo contrato com o mundo terra.

A procura dos amigos e inimigos, portas se abriam e portas se fechavam:

- Onde estão todos? – Quem são? – Quem sou?

Pisei tapetes aveludados, encantados – com elegância e desconfiança me alinhei entre homens fortes de coragem imbatível, porém de almas frágeis e vazias que por algumas gotas aromáticas se quebravam e rastejavam como lagartixas.

Juntei-me às mulheres que de tão fêmeas, exalavam aromas fétidos insuportáveis, era a minha presença que, com olhares raivosos e invejosos, pediam a minha retirada.

Homens traiçoeiros, grosseiros, que com faro de perdigueiros rondavam sias vítimas e por fim, faliam sobre suas mentes e entranhas apodrecidas.

Andei terras, atravessei mares, me regalava nas mesas de vinhos e quitutes, ria aos ventos e chorava lá dentro e me banhava ao luar ouvindo as sugestões do ar, do mar e das gaivotas que sussurravam ao meu ouvido.

Ao pisar em terra firme, ouvi a voz do destino que já traçado me mostrava à linha de frente que eu teria que enfrentar.

Com os braços alados, erguidos aos céus, eu me entregava à grande força para se cumprir o meu derradeiro final e recomeço.

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 22/05/2012
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