Não ao materialismo
Todos nós temos uma intuição própria de que nada se acaba depois da morte. O homem tem horror ao nada, e em vão tenta aceitar a idéia da não existência da vida futura. Quando chega o momento de se desligar deste mundo, agarra-se à própria intuição de que não vai deixar a vida para sempre. Quem poderia encarar com indiferença uma separação absoluta e eterna de tudo que ama? Quem aceitaria naturalmente, que um abismo sem nada, se abrisse aos seus pés, tragando todas as suas esperanças, as suas faculdades e seus amores? Ninguém mais se lembrará de mim, nenhum traço da minha passagem pela Terra sobrará. Tudo se apagará, nem as boas coisas que fiz ficará, nada para recompensar?
As religiões nos dizem que não é assim, e o nosso bom senso o confirma. Usando apenas nossa razão, vemos que não fomos criados para viver só esse pedacinho de vida, e que ainda aprendemos muito pouco para sair da escola. Muitos homens pensam que a alma vai se misturar ao Grande Todo, como se uma gota de água caísse no oceano. E a nossa individualidade? E os nossos conhecimentos adquiridos? É claro que a vida continua, o próprio Jesus nos disse: ‘sois deuses’.