SEJAMOS MAIORES QUE O DINHEIRO
                          Juliana Valis



"O dinheiro surge como um poder disruptivo em relação ao indivíduo e aos laços sociais, que pretendem ser entidades subsistentes. Muda a fidelidade em infidelidade, o amor em ódio, o ódio em amor, a virtude em vício, o vício em virtude, o servo em senhor, o senhor em servo, a estupidez em inteligência, a inteligência em estupidez." 

Karl Marx, in: Manuscritos econômico-filosóficos.
 




       A partir do pensamento supracitado, vê-se que o dinheiro é um instrumento tendente tanto ao mal quanto ao bem. O grande problema, nesse sentido, é que o dinheiro tem sido muito mais utilizado para finalidades negativas do que, propriamente, para o benefício da humanidade. 


       Diante dessa constatação, o ideal é que sejamos maiores que o dinheiro, embora as dificuldades sejam muitas. Se o dinheiro pode corromper as pessoas, é porque elas assim permitem. Se os recursos financeiros são mal distribuídos no mundo, tal fato ocorre, sobretudo, em virtude da incompetência humana em partilhar os bens materiais de forma equânime. 



        Por tudo isso, nunca devemos ser escravos do dinheiro, ainda que a sociedade capitalista nos imponha padrões de consumo excessivo. Nesse sentido, o dinheiro deveria estar a serviço das necessidades humanas; mas, na maioria das vezes, ocorre infelizmente o contrário...