Lei de sociedade
Deus não deu inutilmente ao homem a palavra e faculdades necessárias para a vida de relação. Ele fez o homem para viver em sociedade. Quando se isola, o homem contraria a lei natural, pois deveria concorrer para o progresso, ajudando-se mutuamente. Deus exige que o homem progrida, mas sozinho não pode fazê-lo, por não ter todas as faculdades. Ele precisa do contato de outros homens, para a troca de experiências. Esse burilamento assegura o seu próprio bem estar e sua evolução.
Aquele que se isola da sociedade, se condena a não ser útil a ninguém, logo, não pode ser agradável a Deus. O voto de silêncio absoluto, da mesma maneira que o isolamento, priva o homem das relações sociais que lhe podem fornecer as ocasiões de fazer o bem e de cumprir a lei do progresso. Logo, trata-se de egoísmo.
Os animais vivem a vida material e não a moral. A ternura da mãe pelos filhos tem por princípio o instinto de conservação. Quando os filhotes podem cuidar de si mesmo, ela os abandona, pois já cumpriu o seu papel na natureza, e se prepara para cuidar dos outros que chegam. O homem tem outro destino diferente dos animais. Para ele há outra coisa além das necessidades físicas, existe a necessidade do progresso. Os liames sociais são necessários para isso, e o principal deles são os laços de família.
Herbert Spencer considerou a família entre as instituições que dão forma à vida social. Marx e Engels como primeiro grupo histórico, a primeira forma de interação humana, Augusto Comte, como a célula básica da sociedade, o embrião e o modelo desta, de maneira que a sociedade perfeita é a que funciona como a família.