Apatia...

A partir de hoje não sei como reagirei a qualquer tipo de mudança, de direção contrária...

O caminho trilhado não foi o correto, eis a conclusão!

Vesti uma carapaça e caminhei sem observar o que havia pelas ruas, apenas via escuridão, desolação, me envolvi em lençóis negros e tenebrosos.

Hoje me pergunto se havia flores pelo caminho, se havia ruas iluminadas, se era estrada de barro ou de pedras antigas (?). Jamais terei a resposta, pois não percebi nada, nenhuma cor, preocupei-me apenas em caminhar, cabisbaixa, até o fim do caminho. Sim, nem pensei que a estrada pudesse ter continuidade, via apenas o fim. O fim chegou.

O frenesi que não observei se havia no outro caminho, chegou, mas chegou sem todas as cores que eu gostaria de poder vislumbrar. De que adianta pensar agora? Não se volta no tempo, não se trilha um mesmo caminho duas vezes... Mesmo que se tome a mesma estrada, jamais será a mesma de antes. Haverá sempre a sombra do que não se viu, do que não se observou, mas do que se viveu, sem cores... Triste realidade.

O problema maior é constatar que em qualquer caminho que comece a trilhar, novamente virá a carapaça, novamente os olhos serão fechados e a cabeça não se erguerá. E começa aí um novo dilema... Qual atitude tomar? Sentar diante de uma encruzilhada e esperar? Mas, esperar o quê? Escolher um novo caminho e novamente cometer os mesmos erros? Fatalmente o fim será certo!

E recomeça o marasmo, a sensação de vazio infinito...

Apatia plena!

Angela Leite
Enviado por Angela Leite em 30/09/2012
Código do texto: T3908637
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