Rosas Vermelhas

Ela se preocupou com o silêncio dele.
Ele notou a alteração no semblante dela.
Quis saber porque ela estava daquele jeito.
Achou que ele era a origem do rosto carregado.
Ela respondeu que não havia nada
Talvez fosse ela, a causa do desconforto dele.
Ele ficou em silêncio, ela emudeceu.
Cada um se dedicou a discussões internas
Deveria haver um motivo para a infelicidade do silêncio dele, no rosto dela..
A partir daí tudo evoluiu
Ganhou falácias, suposições, cenas.
Ele ficou mais quieto, ela mais preocupada.
O abraço da noite foi cálido, quase cauteloso
Ele quase não dormiu, ela quis ficar acordada.
Na madrugada ele era todo tensão, ela se debatia em antigas falas.
Na manhã a alegria se esvaía, a tristeza se instalava
Conversaram sobre muito, falaram quase nada
Porém, a verdade cristalina
Era difícil de ser tocada.
Ele a amava, ela o amava.
Ela levantou com um beijo, ele ainda quis falar qualquer coisa.
O espelho de todos os dias, viu o rostos quebrados pelas horas vazias.
Na saída ela o abraçou. Buscou o cheiro, o calor.
Ele a envolveu. Em um gesto quase mudo, falava.
Ele a olhou da porta, comentou da roupa bonita
Ela o olhou suspensa,
Surpresa, quase não acreditava em toda a beleza dele.
Meio tímido, quase sem jeito, ele comentou com jeito de menino:
“Deixei duas flores para você no carro, mas já devem estar murchas”.
Ela parou de respirar.
Em um gesto ele resumiu tudo.
Duas pequenas rosas vermelhas davam o recado.
Ela o imaginou colhendo as flores.
O pensamento, o movimento, o sentimento, as rosas.
Para ela. Dele.
Ela se sentiu estúpida, mas profundamente feliz.
Agora as rosas a olham e dizem o que nem um milhão de palavras podem explicar.
Ela agora pensa em uma forma de dizer.
O quanto é grata por ter sido salva de todas as formas.
Sem ele, ela sabe que não vive.
Amor, de repente, virou uma palavra bem pequena.



Para você, meu amor de sempre, para sempre.
Obrigada pela sabedoria quando me perco
Obrigada pela luz quando eu não enxergo.
Obrigada por me segurar quando eu acredito que sou forte, mas balanço.
Eu vejo você e você é meu esteio, meu porto, meu descanso, minha esperança e o brilho dos meus dias.






Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 22/10/2012
Reeditado em 22/10/2012
Código do texto: T3946017
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.