OPORTUNIDADES PERDIDAS

Quantas vezes por causa do orgulho e pelo fato de se julgar superior aos outros perde-se várias oportunidades na vida? Oportunidade de se conhecer os outros. De se partilhar a dor, o sofrimento, a felicidade e a alegria de alguém. Oportunidade de se conhecer os talentos escondidos dos conhecidos que convivem com a gente e que na verdade não passam de estranhos, porque nada sabemos a respeito deles. É preciso cada um se dar a oportunidade de transformar os conhecidos que não passam de estranhos, em conhecidos de verdade. Para muitos, conhecer alguém é simplesmente saber onde esse alguém mora, ou ver esse alguém constantemente, o que é um enorme engano. Conhecer alguém é saber dos anseios do coração dessa pessoa, deixá-la se abrir com a gente de alguma maneira e estar pronto a ajudá-la no que estiver ao nosso alcance.

Perdemos oportunidades por não estarmos habituados a criá-las e enxergá-las. Tudo na vida é motivo aos olhos atentos para se descobrir e descobrir o outro. Quem sou? Quem é o outro? A partir do momento que nos preocupamos com essas duas indagações e em desvendá-las, a vida se torna muito mais interessante. O que eu sou nunca é o que penso, se eu deixar de lado o pensamento hipócrita que tenho a meu próprio respeito, de que sou melhor do que todo mundo e sem defeito. Na verdade o que preciso é olhar os meus próprios defeitos e tentar corrigi-los, procurando admirar e valorizar mais as qualidades das pessoas ao meu redor.

Todos os dias perdemos oportunidade de sermos melhores do que somos, quando julgamos as pessoas, agindo como imbecis, sem conhecimento de causa e, nos tornando assim, piores que as piores pessoas.

Quantas oportunidades perdemos de agradecer ao Deus Criador por todas as bênçãos derramadas sobre as nossas vidas a cada segundo e, como filhos ingratos e rebeldes, nem sequer nos lembramos de dizer-Lhe: muito obrigado!