PERDOA-TE

Perdoa-te

Perdoa-te por não intentares

do teu próprio ser sugar

a beleza que escondes

e tudo que podes criar.

Perdoa-te por não te sentires forte

para alcançar teu próprio ser

e te perderes dentro dele

sem encontrar a razão do teu viver.

Perdoa-te por te limitares tanto

como se pequeno fosse o horizonte

como se o espaço fosse um passo

como se o céu findasse atrás do monte.

Perdoa-te por não te conduzires

além do que podes prosseguir

por tomares como penitência

a anulação do teu existir.

Perdoa-te, mas não te acomodes

não te resignes em ser covarde

tu não podes construir-te

na auto-piedade.