O poeta encarcerado

Chora filho

Enquanto eu caminho

por entre pedras es espinhos

Na busca e na luta que sem fim

Vamos seguir.

Muitas vezes cai a chuva

Sem poder se agasalhar

É o destino de um pai

Que cansado do trabalho

Ainda vê chorar o filho.

Pois, o trabalho do dia

Foi pouco para comprar

o que deveria ao filho

Que lhe esperava.

Sua vida fracassada

Pelo sonho que se desfaz

faz o filho escutar

Lá distante a soluçar

é a estória que se conta

num lugar chamado pátria.

O filho agora chora

A saudade do seu lar

Pois, o pai entristecido

sai pela vida a procurar

E num tempo já passado,

De honrado se tornar

O poeta encarcerado

Que espera ser julgado,

E o filho para o nada

vai aos poucos caminhar.

Quem dera todos pudessem

As crianças amparar

E o pais velhos e cansados

Ter lugar prá repousar...

Mais terra tão grande

Não cabe mais o perdão

E de homens honestos

Restam sombras dos que morrem nas prisão!

Lúcio Flausino
Enviado por Lúcio Flausino em 11/03/2007
Reeditado em 11/03/2007
Código do texto: T409139
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