Inferno

Reflexão:

Estamos de passagem, e antagonicamente

Na certeza do absoluto

Contemplando vitórias e absurdos

Retribuindo ao inimigo com sarcasmos

Na soberba do finito cognato

Perfuramos uma existência irreversível

Em que guerra humanas não serão o bastante

No exato extremo de ecos em uníssono: Morra espírito!

Realismo:

Findo um raciocínio útil

Meu retorno é indubitável e iminente

Por veredas cancerígenas e prepotentes

Inferindo em mesquinho desalento;

Eis sapieno: Não obstante teu conhecimento,

Sua conduta sem discernimento, lhe equipara

Ao mais sujo dos excrementos

Resignação:

À frente, À frente, À frente

Hasteando bandeiras asmáticas

Por dogmas e revoluções arcaicas

Exaltando impressões descontínuas

Idolatrado por laicos e néscios

Dissimulando sentidos intrínsecos

Variante do vácuo dos mitos!

Tirania:

Vilipendio toda idéia concebida

Dos epicuristas gregos aos céticos modernos

Que "O inferno é o seu próprio inferno"

Basta de enxergar nobreza em uma circunstância entregue

O sofrimento dos fatos precede o fogo dos máculos

A verdadeira culpa é a desculpa

Redenção:

Justiça amiga, inerrante e germicida

Desprovida de legisladores brutos

Consubstancie seus propósitos justos

Extirpando facções de espúrios

Guardando nessa dimensão hermética

A tudo que jaz no impuro, como um

Cavalheiro obscuro, que se deita com uma

Vadia aidética!

Exibição Atrocida
Enviado por Exibição Atrocida em 13/03/2007
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