Quão Frágil Eu Sou

Toda vez que vou a um funeral, lembro-me intensamente de quão frágil eu sou. Impotente. Incapaz. Acordamos, trabalhamos, vamos ao banco, almoçamos com amigos, sem saber que podemos a qualquer momento parar no hospital, ou ser atropelado, ou qualquer outra coisa que nos leva a morte imediata ou ficar a beira da morte. É doloroso. A pergunta que fica sempre é: por quê? Baseado nas minhas convicções de fé e na minha crença no Deus que criou os céus e a terra, posso dizer que a morte é fruto do pecado de Adão e Eva. A morte não estava nos planos de Deus, mas veio o pecado e a morte entrou na raça humana. Então, baseado nisso, é errado dizer que Deus quis que tal pessoa morresse. Deus apenas permite, mas Ele é soberano e tem poder para tirar alguém do leito de morte, testemunhos para isso não faltam. Todavia, a morte infelizmente vem. Eu fico surpreso ao ver um corpo de um falecido. Ali não há mais vida. Aquele corpo que andava, alimentava-se, ria, chorava, sentia dor, agora não sente mais nada e mais nada faz. A morte vem e eu fico a refletir que nada sou a não ser um sopro de vida num corpo orgânico. E o sopro que há em mim pode a qualquer momento sair de mim ou de algum parente meu ou amigo, assim simplesmente sair, sem avisar, sem pedir licença, pois é assim que acontece. Não temos poder sobre a morte. Vida breve, oh breve vida. Todo dia é dia de agradecer por estarmos vivos, e também agradecer que estão vivos aqueles a quem amamos, pois amanhã alguém pode partir.

Que o Senhor fortaleça a família Sartori que perdeu Felipe da Costa Sartori.

Miguel Rodrigues
Enviado por Miguel Rodrigues em 10/04/2013
Código do texto: T4234145
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