Força!

Força!

Era sempre o mesmo discurso, a mesma ladainha, chegava, sentava e dizia que viver era uma grande bobagem, reclamava do dia, da noite, se chovia ou se fazia sol, punha defeitos diversos na família e amigos, sua patologia crescia a cada dia, foi tantas vezes orientada que “somos o que sentimos e pensamos” que procurasse ver o lado bonito da vida, mas de nada serviu...O sofrimento se tornava a cada dia mais óbvio,a tristeza já compunha parte dos seus lindos olhos azul violeta, a pouca idade trazia a reflexão o porque daquilo tudo,

o dinheiro nunca foi problema ou talvez fosse o maior deles, tantos remédios já não faziam mais efeitos num organismo debilitado e sem esperanças , o mundo perdera a razão de ser e as pessoas eram egoístas demais para imaginar como sofria a menina rica que podia ter tudo o que quisesse menos a paz.Mas,hoje foi diferente.Ela chegou sentou-se como de costume e deixou escapar um risinho e logo explicou que ria por que ultimamente só fazia chorar, então resolverá improvisar um risinho de vez em quando, ouve um silêncio absurdo,até que ela revelou que finalmente queria ser feliz, mas tinha medo que a felicidade não a quisesse por perto, já que tanto esbravejou nessa vida.Voltou ao silêncio e dessa vez seu olhar não estava ali, era vago, distante inexpressivo, era como se uma parte de si viajasse por um caminho sem volta e de repente ela confessou que havia tentando contra a própria vida. Lagrimas rolavam num rosto que mais se parecia com uma pintura, um minuto pareceu ser uma eternidade, sua dor foi compreendida e talvez até sentida, o vazio na su’alma estava tão estampado que mais se parecia com um jardim em preto e branco...

Então ela foi questionada sobre o que aprendera com aquela experiência ao que chorando e sorrindo respondeu;Aprendi que preciso lutar, porque naquele momento EU LUTEI para continuar viva e quero lutar para continuar vivendo.Você me ajuda?Deus nos ajudara.

ValquíriaCordeiro