"A arte do descanso é uma parte da arte

               de trabalhar."

               (Steinback – escritor americano)

 

Vou tirar o plugue da tomada do Saci, meu leal computador!

Não se trata de crise existencial, nem nada parecido; é pura estafa, mesmo.

Sinto que o prazer está se transformando numa rotina cansativa.

Nado numa maré montante de inspiração, tenho mais de 10 textos prontos para publicação, inclusive uma tetralogia, mas me debato num Saara de disposição para ler e comentar os ilustres companheiros. E, quando você começa a reconhecer isso, para bem de todos, é melhor fazer como o namorado em dúvida atroz – "vamos dar um tempo".

Vou continuar escrevendo e, qual o avarento Harpagão, meter tudo na arca.

Ultimamente tenho ido de A a Z na minha agenda, procurando ler todos os amigos, mas a tarefa está semelhando aquela montanha de processos que eu, diariamente, tinha que ler, decidir e despachar...só que isso já era, graças a Deus!

No momento em que você não encontra mais nenhum adjetivo para enaltecer os maravilhosos textos diariamente publicados, melhor meter o pé no freio, pois, do contrário, sua apreciação desmerecerá o brilho, a perfeição e o valor criativo dos autores.

Quando você lê um texto e fica ali, parado, olhando para dentro e tem que fazer um grande esforço para entrar no pensamento do autor, sem o que sua apreciação não será digna; se você, no meio de um penoso comentário, não sabe como prosseguir e fica, abestado, olhando a telinha, aguardando um milagre, então a coisa não está nada bem. E isso é, exata e honestamente, o que está acontecendo comigo.

Só quero que tenham em mente que não estou desertando; minha escrivaninha continuará com as gavetas escancaradas. Apenas, nada vai ser acrescido e, quando vocês pensarem que eu me mudei, definitivamente, para o mundinho que criei, o planeta Pax, estarei de volta, trazendo recados do Pequeno Príncipe, do Fralício, do Einstein, do Pasteur, das cotovias, dos beija-flores...

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