Fulgêncio Batista

No dia 10 de março, cerca de três meses das eleições presidenciais de 1º de junho de 1952, Fulgêncio rompeu a ordem constitucional e instaurou uma ditadura militar. No poder, aumentou o salário de militares e de policiais, suspendeu o Congresso Nacional, entregou o poder legislativo ao Conselho de Ministros, suspendeu as garantias constitucionais, proibiu os movimentos grevistas, restabeleceu a pena de morte, e elevou seu salário anual para 144 mil dólares, valor bem superior ao salário anual de 100 mil dólares do presidente estadunidense Henry Truman.

Fulgêncio virou um leopardo acuado. Segundo um relatório do Colégio Médico de 29 de setembro de 1957, apresentado por ocasião da XI Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, os revolucionários que se rendiam e os prisioneiros eram assassinados com um tiro na testa ou enforcados. Eles não eram apresentados ao Tribunal de Justiça, e os magistrados, juízes e meios de comunicação eram intimidados. Cerca de 10 perseguidos que pediram asilo na Embaixada do Haiti foram dela retirados e assassinados. Os feridos em clínicas e hospitais eram arrancados para serem torturados e assassinados. O jornal "Washington Post" e "Times Herald" registraram que médicos foram vítimas de atrocidades do BRAC, por prestar atendimento a rebeldes feridos.

O jovem funcionário da Embaixada estadunidense, Wayne S. Smith descreveu que o BRAC costumava torturar insurgentes, matar centenas deles e enforcar prisioneiros em galhos de árvores ao longo de estradas. Esses fatos levaram a opinião pública a condenar o governo de Fulgêncio.

O jornalista Jules Dubois descreveu o último governo de Fulgêncio como o mais terrível, ao custo da morte de numerosos presos políticos. Para cada bomba lançada por movimentos estudantis, grevistas e ativistas dois presos eram retirados das celas e assassinados. Em uma só noite, no bairro habanense de Marianao, foram lançados os corpos de 98 presos políticos executados.

O governo de terror de Fulgêncio foi condenado pelo presidente John Kennedy, que o taxou de estabelecer uma ditadura brutal, sangrenta e despótica. E condenou sua nação de haver dado apoio político, econômico e militar a uma das mais sangrentas e repressivas ditaduras que assassinou 20 mil prisioneiros em 7 anos no poder, e de haver transformado a democracia cubana em um Estado Policial Total que destruiu as liberdades individuais.

No entanto, segundo o embaixador Smith, o governo de Fulgêncio, a quem a Casa Branca apoiava, seguia uma política econômica do interesse de banqueiros estadunidenses, com investimentos em Cuba, e era um partidário leal nas políticas norte-americanas nos foros internacionais.

Com o triunfo do Exército Rebelde de Fidel Castro, ao ocupar a fortaleza La Cabaña, no dia 3 de janeiro de 1959, o comandante Che Guevara estabeleceu um tribunal militar que julgou os crimes de guerra praticados pela polícia política BRAC, e fuzilou os culpados. No entanto, a política nazista da Casa Branca passou a taxar Guevara de criminoso, exatamente, por eliminar criminosos de guerra apoiados pelo governo estadunidense.

CERQUEIRA, RNF. A Matança Illuminati. Florianópolis: 2013. Ainda não editado.

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RNF Cerqueira
Enviado por RNF Cerqueira em 10/11/2013
Reeditado em 12/11/2013
Código do texto: T4564674
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