O bem e o mal são relativos.

O BEM E O MAL SÃO RELATIVOS

De: João Batista de Paula – Colaborador do Planeta Letras.

Não podemos tirar conclusões precipitadas a respeito do bom ou mau uso das coisas.

Realmente, não devemos julgar e nem subjulgar ninguém. Ninguém é de ninguém. Porque cada pessoa tem seu jeito própria de amar a vida, viver a vida, procurar sombra e água fresca, para viver em tranquilidade, mediante a vida tal como ela é.

Veja e leia bem meus argumentos e depois reflita se tenho ou não razão: Se tenho pernas curtas ou sabedoria. Na verdade, o pior do julgamento é não fazer justiça ao julgado, dando importância ao seu procedimento e atitude não vulgar. É ignorar que cada coisa tem o seu sabor todo especial.

Eu tenho um excelente amigo, por exemplo, que deixou o nome dele cair no Sistema do SPC e do Serasa. Isso no Brasil é coisa feia, pode significar ser devedor, caloteiro, mal pagador. Nem tanto! Meu irmão.

Para o meu rico amigo, o procedimento dele foi para ninguém lhe pedir cheque emprestado, cartão de crédito, nem fazer credito em seu nome a favor daqueles que se dizem seus amigos e conhecidos, que hoje estão na lista negra do SPC, ou sem renda.

É claro, o meu rico amigo, está numa perfeita tranqüilidade, sem ser importunado para comprar isso ou aquilo, visando suprir as necessidades dos outros em questão de bens de consumo; além de evitar de fazer compras e mais compras supérfluos; além de ficar tranqüilo e não receber sem pedir cartões de créditos e propostas de créditos, além de oportunidades de financiamentos de bancos e instituições financeira para algum imóvel.

O meu amigo Rico – rico de sabedoria e de pensar além do comum- foi parar no SPC e no Serasa, devido a um débito pequeno, que ele pode quitar quando quiser, se assim achar melhor e conveniente. Acredite! É verdade! É uma estratégia preventiva contra os pedintes, oportunistas e sanguessugas.

É claro que num julgamento superficial, neste mundo em que vale quem tem mais, os espiões ou olheiros que tem medias junto aos bancos, vão constatar e notar que meu amigo rico tem pernas curtas porque tem saldo bancário ínfimo.

Entretanto, ele leva uma vida boa, muito boa, pacata, tem seu belo apartamento, sua casa, sem andar mudando de razão social de empresa, decretando falência, abrindo outras empresas, comprando carro do ano sem pagar.

Meu amigo não anda passando perna em ninguém, nem fazendo trapaças, nem pagando para ser homenageado em festim e revelar que é benquisto e sociável. Ele incomoda, às vezes, por ser sincero, amigo, atencioso, amável, participativo ; e não andar bajulando políticos ou pessoas que se acham acima de tudo e de todos.

É um estilo de vida próprio do meu amigo! .

Pasmem! Para se livrar de assalto, ele pegou uma pequena fortuna e colocou num cofre, coberto com uma toalha branca de linho; e em cima do cofre colocou a imagem do “ diabo”, aqueles imagens que a gente encontra em casa de macumba ou das pembas.

Até a secretária do lar quando entra no quarto para fazer a faxina, se espanta com o capetinha e se benze. E quando meu rico amigo precisa de algum dinheirinho, ele vai até o cofrinho e pega o necessário. Não fica pagando cestas e taxas aos bancos, enriquecendo cada vez mais os banqueiros, não. Nem recebendo visitas de gerentes inoportunos para que o dinheiro seja aplicado nisso e naquilo na frenética busca de vantagens.

Para os julgadores, meu amigo, tem pacto com o demo. Pura ilusão! Tudo é uma questão de sentimento. A imagem de Baal não significa nada.

E o que faz o dinheiro do amigo rico render; é o aluguel de duas casinhas que ele tem. Vive de renda!

Então, quem pouco tem é que quer demonstrar que possui mais. Os homens letrados parecem que esqueceram deste pormenor. Senhor da morte! Daí sabedoria a quem nada tem.

Meu amigo rico fez um livro e colocou uma foto que não podia ser colocada, copiada da internet, além de alguns textos do tipo lenda, mas não assinou nenhuma dizendo que era seu “ as lendas e a foto”, ao exemplo daquela mensagem do “Vaga lume” , que serve de lição de vida para quem sofre perseguição porque gera admiração e desperta inveja no invejoso: camuflado e nos seus filhos.

Ele mandou distribuir gratuitamente os livros, que foi considerado como subliteratura ou mais. Esqueceram os letrados e julgadores do sentimento nobre do autor; em gerar felicidade e despertar gratidão nas outras pessoas, procedendo sem nenhuma maldade e sim com o amor à vida, o amor amplo, o amor altruísta...

O que é do autor, seguramente, está assinado.

Julgar o próximo é uma presunção!

É preciso saber julgar para não camuflar os atos meritórios das pessoas e não tirar um poder de Deus, pois, a Deus cabe o julgamento fiel e Justo. No final das contas, será entre você e Deus; e não você e os outros.

Neste sentido, meu amigo Rico vai muito bem sim, senhor. Tem como companheiros a humildade, a tolerância e o amor.

Ele mandou fazer, inclusive, em placa de homenagem para si mesmo, a seguinte mensagem: “ Na sociedade, é comum o nosso esforço não ser reconhecido, mesmo que tenhamos nos esforçado o máximo. Mas não devemos ligar para isso: o importante é sermos amados por Deus”.

BEM OU MAU?

Ele acredita que a bondade prevalecerá. E assim continua sua história, consciente de que a entrada e a saída da vida é igual para todos, seja qual for o julgamento egoísta e individualista.

Encontrei outro amigo esperto: este guarda o dinheiro e suas joias dentro de um ataúde. Isso mesmo! O Caixão fica dentro da dispensa: já amedrontou muitos ladrões e pedintes. Um outro amigo, guarda muito bem seus bens dentro de um berço, que é irmão do caixão.

É difícil determinar o que é bom e aquilo que Ele, meu amigo rico, sente como mau.

João de Paula
Enviado por João de Paula em 06/01/2014
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