COMPREENSÃO, LIBERDADE...FELICIDADE!

Conheci um movimento através da internet chamado "Simplicidade Voluntária". Li algumas coisas à respeito, achei interessante, divulguei e segui meu caminho.

Muito tempo depois me dei conta de que aquela filosofia já estava fazendo parte de minha vida.

Através de estudos, leituras e observação do mundo ao meu redor e de nossa sociedade, fui aos poucos, e naturalmente, criando um sistema onde o estilo tinha muita semelhança com o que os adeptos do Simplicidade Voluntária acreditavam.

Um dia tive aquele "estalo" que mais cedo ou mais tarde acho que todos sentem.

Olhei para minha casa e percebi que muita coisa já não deveria estar ali.

Comecei então uma tarefa exaustiva mas que ao final, me encheu de prazer.

Separei tudo o que não era mais necessário em minha vida. Algumas coisas estavam tão inúteis que o único destino cabível foi o lixo.

Outras, separei para doação.

Minha casa esvaziou, o ar ficou mais respirável, e minha alma se abriu para o novo.

Foi então que o processo de compreensão se formou em sua totalidade dando início a mais um passo na construção da minha felicidade.

Hoje, após alguns anos, estou convicta de minhas escolhas.

E para isso é necessária uma ação muito simples: não terei nada que não possa ou não queira usar no meu cotidiano.

Utilizo tudo o que tenho hoje até o ponto que preciso trocar algo, ou porque parou de funcionar ou porque não atende mais às minhas necessidades.

Não compro nada porque o que tenho já foi substituído por um modelo mais moderno. Essa busca pelo "ter" o que está na moda causa muita aflição e insatisfação.

A tecnologia caminha apressada, a moda vai e volta a todo instante, as tendências geram uma ansiedade sem limites nos mais iludidos.

Isso cansa demais e produz uma felicidade tão efêmera que logo a sensação de frustração se instala novamente, criando uma roda que não sai do lugar.

Não preciso de mais roupas do que possa racionalmente usar, de objetos engavetados esperando eventos que provavelmente não acontecerão, de comida se rendendo ao prazo de validade vencido enquanto tanta gente sente fome mundo afora.

Quero e sinto hoje o prazer de usufruir o que tenho sem ansiedade. Uso a taça de cristal se quero beber um vinho. Merecerei eu menos que qualquer visita que venha à minha casa?

Uso tudo, uso mesmo e não sinto o peso da inutilidade se acumulando e rondando o tempo todo.

Não sou escrava da mídia, dos valores tão exaltados e tão corrompidos, do vai e vem dos modismos.

Sou o que sou, livre e feliz! Olho tudo o que tenho com gratidão e amor...é, isso me faz muito feliz!

Sou o que me define e o que me define é minha essência. Nada mais!