Fazer diferente

Sempre perdidos em nossos pensamentos

Passamos por aí sem conseguir notar

Pois nosso ego é importante não os sentimentos

E caminhamos sem conseguir enxergar.

Que embaixo da marquise tem um corpo com fome

Deixado ao acaso pelo descaso do poder

Um corpo frágil... Morrendo... E sem nome

Embaixo da marquise, fingimos não ver.

Apenas mais um deixado à própria sorte

Mais um corpo maltrapilho deitado no chão

Mais um que espera a hora de sua morte

Ainda segura a latinha de cola na mão.

Nada fazemos para proteger o futuro

Só conseguimos ver o nosso caminho

Pois vivemos no nosso mundo escuro

Já esquecemos o que significa carinho

Podemos fazer o nosso mundo melhor

É só ver um pouco mais o outro lado

É só sentir que o mundo chora sua dor

Não mais fingir não ver ou ficar calado