Curso natural
O rio precisa seguir o seu curso natural para o mar.
Mas o que será que acontece quando este mesmo trajeto se faz ao inverso?
Muitas perturbações atravessam o caminho.
Deixando marcas... Trazendo mágoas.
Fazendo crescente a tristeza...
Sufoca o coração.
Infelizmente nada na vida poderia ser assim.
As pessoas deveriam se enxergarem melhores através de seus espelhos.
No entanto, sinto-me tragada pela solidão diante desta situação que me atormenta.
O apoio de quem mais precisamos se faz ausente.
Ausência!
Esta é a palavra chave que simplifica toda a minha existência.
Queria que ao menos cinqüenta por cento fosse diferente.
Diferente daquilo que enxergo.
Diferente daquilo que sinto.
Diferente do que vejo correr por minhas veias.
Porém, estou enfraquecida e impotente diante do absurdo que se impõe à minha frente feito uma muralha impedindo a passagem.
No fundo, já cansei de agurmentar sobre os fatos ocorridos, do auxilio negado... Da completa rejeição que a pele faz arrepiar.
Compreendo que, nós seres humanos, somos levados por preferências.
Agora minha querida, se não faço parte da sua, não posso fazer nada por você.
O que tenho a lhe dizer:
Boa sorte em sua trajetória terrena!
O que tenho a lhe dizer:
Sinto muito!
Por quê?
Porque nunca ter me dado a oportunidade de lhe mostrar quem eu realmente sou.
E talvez não me reconheça nestas centenas de páginas que algum dia nunca terá a circunstâncias natural de folhear.
Ah! Sim!
Prometo não a você, mas a minha pessoa que, nunca mais irei lhe cobrar um mínimo de atenção.
Pois refletindo sobre a aprendizagem que eu tive, só a minha capacidade de aprender coisas boas e o meu amor próprio me bastam.
A plenitude do amor está em amar.
A plenitude do amor está em se doar.
E quando a recíproca não é verdadeira, precisamos ficar quietinhos para algo mais grave não acontecer.
Só aguardo em Deus, que não esqueça que estou aqui...
Que eu existo!