Este texto Poderia chamar-se: Qualquer coisa

E aquela solidão miserável

que tantos viram e viraram o rosto

e o andarilho farrapo que tu criaste?

Porque em parte o criaste

Quando irás dar-lhe o perdão?

Ou irás pedir misericórdia,

ao andarilho que criastes?

Quantos caminhos você podou durante a jornada?

Quantos amores arrancou pela raiz?

Pensas que a dor é somente sua?

Já tentou alguma vez sentir o sabor da lágrima alheia?

Ou fingir aquele sorriso hipócrita

quando encontra alguém que o ama?

Ou dar um abraço ao filho alheio com amor?

Já?

Já sentiu amor sem nunca ter doado algo parecido?

É assim que me sinto

Quando ando por caminhos sinuosos

Onde não sei o destino

Só tenho a certeza da dor da perda

Da solidão em noites insones

E da lágrima solitária

...

Deste sorriso bobo como palhaço sem platéia

Orquestra sem maestro

Perdição...

Mas onde está o pecado?

Nas ruas solitárias e egoístas

onde só eu importo

- e me entorto-

- e me perco-

tal qual solidão

- sem explicação -

khayssa
Enviado por khayssa em 21/09/2014
Reeditado em 21/09/2014
Código do texto: T4969917
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