A IGREJA E O MOMENTO POLÍTICO-IDEOLÓGICO DO BRASIL

Aos membros e congregados das igrejas genuinamente protestantes convoco a nos unirmos em oração e em posicionamento político-filosófico-ideológico. Sim, porque temos uma filosofia da religião.

O Brasil através do governo federal tem feito más escolhas. Temos visto uma série de escândalos que tem posto em xeque a conduta, a honradez, a honestidade, a coerência em dirigir a nação. A mídia anuncia, qual será o próximo escândalo da semana?

Em termos de política internacional tem escolhido mal quando faz pronunciamentos, deixando claro a nossa falta de educação e incapacidade de nos colocarmos como uma nação independente, cujo povo aprendeu a lutar e viver dentro de princípios éticos e morais, políticos, ideológicos, diferentes, mas coerentes, livres, não manipulados pela mídia, pelos que estão no poder. Utopia? É, isto é utopia quando se fala em Brasil.

Escolheu mal quando fez aliança com o Irã, escolheu mal quando fez alianças com Venezuela, Bolívia, quando investiu o dinheiro da nação em Cuba. Todos estes têm em sua folha de prestação de serviços como assassinatos incontáveis, traficantes, corruptos.

Quando temos a gasolina mais cara da América do Sul, quando exportamos e os valores cobrados são 50% mais baratos. Temos carros cujos preços são exorbitantes, sistema habitacional, produtos e bens de serviços caríssimos, estradas que são uma vergonha, o sistema educacional sucateado e professores que mais parecem a empregados domésticos que docentes, a saúde pública é uma vergonha.

Escolheu mal as palavras e o resultado foi a humilhação mundial ao sermos chamados de anões da diplomacia, porque conhece muito pouco do que acontece no Oriente Médio. Mais ainda, quando ouvimos da Presidente Dilma na ONU, criticar os bombardeios dos Estados Unidos. Sim, somos anões quando não sabemos qual o nosso papel no cenário mundial e quando não sabemos nos defender, principalmente dentro do país.

Estamos soltos, sem saber como nos articularmos diante da crescente perseguição político-ideológico de vários grupos, que querem destruir a família, e o direito de expor nossa crença e tudo que implica este sistema de fé e prática cristã. Uns poucos que se aventuram e defendem seus posicionamentos. Chegou a hora em que não dá mais para ficar na periferia, vendo poucos darem a cara para bater, e só usufruindo ou comentando, ora aceitando, ora rejeitando.

Se continuarmos nesta caminhada, teremos num futuro próximo, uma perseguição acirrada contra a igreja, contra a família, pondo em xeque a Constituição Brasileira, a cidadania, o direito de ir e vir, de crer, de trabalhar e viver, sim, porque até agora, temos sobrevivido.

Nossos púlpitos precisam pregar a Palavra de Deus, doutrinar sobre nossas crenças, mas precisamos investir tempo em ensinar sobre como se relacionar em mundo multiforme, inconsistente, fluido. Nossos jovens estão à deriva, e não sabem rebater “os dardos inflamados do maligno”. Não sabem manusear a Bíblia, nem onde encontrar os princípios norteadores de sua fé. E há muitos adultos que não aprenderam, ou se acostumaram a viver como paus-mandados, e vão em busca de quem ofereça e venda mais prosperidade, mais saúde, etc.

Creio que não pode haver união entre a igreja e o Estado, porque vimos através da história que o resultado foi desastroso. Mas, ficarmos e vivermos alienados é inútil, perigoso e desastroso para todos.

Não estou aqui defendendo que abramos nossas portas para que políticos venham falar de política. Isto nunca. Nem que devemos defender este ou aquele partido. E muito menos aceito que os Pastores Presidentes de nossas igrejas façam aliança política e influenciem seus membros e congregados a fazerem o mesmo, porque o voto é individual e deveria ser secreto. Estou dizendo que precisamos ensinar o que é política, o que ideologia, e isto cabe no ensino da Escola Bíblica Dominical, ou outras classes de ensino sobre atualidades.

Se está sendo feito alguma coisa neste sentido, deve estar na cúpula das denominações protestantes, mas individualizados. O povo não tem sido orientado de forma eficaz. Claro que cabe concordâncias e discordância. O nome disto é Democracia.

Vamos perder esta luta se não nos articularmos efetivamente, porque estamos fragmentados, e o que tem nos afastados são nossos sistemas de interpretação teológico-doutrinários.

Precisamos colocar líderes íntegros no poder, e nos articularmos de tal forma que possamos falar aos indivíduos que nos escutam aceitem ou discordem de nossa fala, por conhecimento e depois porque nela há conteúdo e vida.

Quer ampliar esta fala, ou questioná-la? Escreva! Mas, só o faça se souber o que é ser membro de uma igreja protestante.