A MORTE

A MORTE

A morte não existe.

A morte é apenas a passagem de um estado ao outro. Costumamos temê-la, odiá-la, negá-la.

Talvez medo da verdade que temos de encarar, desde que tomamos consciência de nossa existência humana .

A morte é apenas uma transformação. Se pensarmos bem, vivemos uma morte constante, pois a vida para perpetuar-se, efetua a cada átimo de segundo as mudanças necessárias para conservar-se.

Não existindo MORTE, podemos aquietar nossas almas e finalmente acreditar que esta “vida” não é um pequeno presente que nos foi dado e poderá ser retirado repentinamente por Deus.

Sabendo que a imortalidade existe, cabe-nos buscar nesta vida, o caminho, a porta para este encontro com o mais profundo de nossa natureza. A busca por esta luz, nos conduz pouco a pouco, a relativas mudanças, realizadas sem muitos estardalhaços, ao longo de nossa jornada. Vivemos muitas mortes e renascemos muitas vezes. Trocamos de estágios inúmeras vezes, como o aluno que estuda várias disciplinas e mais tarde enfrentará os exames. Os exames que enfrentamos estão nos problemas que surgem no dia-a-dia.

Aquietar nossas almas, não significa parar ou estacionar a atividade do espírito. Pelo contrário, deixar de lado pequenos anseios e buscar com tenacidade a verdade maior, pode tornar-se o objetivo principal de nossa existência, ou tomada de consciência para manter-se “vivo” na multidão que prefere permanecer sonolenta e cega.

O sol da verdade brilha para todos, alguns não querem vê-lo, têm medo de queimar suas retinas, sempre com a ignorância e o medo, eles prosseguem, deixando de experimentar o melhor, mergulhados na escuridão, prosseguem com suas lamúrias, dores, desconfortos, culpas, indecisões, sofrimentos, abandonando-se a própria sorte, como pequenas crianças fazendo pirraça.

Preferem caminhar em círculos, sem procurar a saída, amparando-se nos outros cegos, que vivem a esbarrar-se com seus afins.

Acreditar na imortalidade e lutar para preservá-la, é caminhar cuidadosamente no meio da escuridão, com enorme tocha acesa, que serve para iluminar o caminho e vigiar para que os ventos não apaguem nossa chama salvadora. Levando amparo aos companheiros de jornada.

Amanhã comemoramos o Dia de FINADOS. Lembrarei com saudade todos os que partiram, os que amei e me foram queridos, e já não estão mais nesta dimensão. Não os considero mortos,

estão vivos caminhando em suas vidas, no progresso, na evolução, cada um dentro do seu ritmo, de acordo com seus merecimentos e realizações.

As lágrimas fazem parte das lembranças, não chorarei apenas pelos que se foram, chorarei pelos que ainda estão entre nós, perdidos, viciados e iludidos, mergulhados em tantas fantasias viciosas, em tantos sentires maliciosos. Mesmo vivos, já se condenaram e se entregaram a inércia, e a MORTE temporária de sua evolução.

Ter medo da morte é natural, pois é o desconhecido que se aproxima, de certa forma será o fim de um estágio.

Na quietude de minha alma encontro a esperança para seguir adiante, sem a companhia dos meus amados que já partiram, e na certeza de um encontro futuro com todos.

Amanhã não celebrarei a MORTE em sua essência. Celebrarei a VIDA em um dos seus incontáveis aspectos e significados. Acredito em Deus Pai Todo Poderoso, Criador do Universo. Acredito na luz, no amor, na vida eterna, no perdão, na ressurreição, na transformação que é o que ocorre quando falece nosso corpo físico, ao qual chamamos MORTE.

Amanhã não sofra demais pelos que se foram, pelo que você não pode mudar, apenas modifique o que está para vir, viva mais consciente com esperança que as mudanças são necessárias e não são sempre boas ou más, são apenas passos que precisamos dar em nossa caminhada evolutiva.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 02/11/2014
Código do texto: T5020193
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