Homem, flagelo da natureza ...
É um absurdo o que estamos fazendo com a natureza,
frontalmente agredida todos os dias pelo o homem.
Agora, "Ela" nos presenteia negativamente,
com todas as dores guardadas ao longo de tanta destruição.
Será que esquecemos todos os flagelos que nos açoitam
todos os dias, e não sabemos ainda o que está por vir,
e aquilo que é ruim, ainda poderá ser pior ???
Ah, penso que esquecemos ....
Vivemos a fantasia do desmatamento,
a falta d´água, a crise energética, a fome, as doenças,
e muitas coisas ainda que tememos e desconhecemos.
Onde está nossa sensibilidade para reverter todo o mal que
fazemos à natureza, e nos comprometer a cuidar
daquilo que é mais precioso para nós,
nossa Mãe Terra.
Penso estar vivendo num inferno astral,
ou sendo pessimista mesmo,
acho que estamos no final dos tempos,
ou literalmente no fim do mundo !
Hoje me surpreendi quando passava pela praça,
me deparei com o corte de eucaliptos centenários,
meus olhos não entendiam, não acreditavam naquilo
que estavam vendo, profunda mutilação
nas árvores que ali estavam,
tão centenárias, tão altas, tão verdes, tão indefesas ....
Que crueldade, só mentes insanas poderiam mandar cortá-las !!!
Uma cidade, com múltiplos problemas,
onde poucas coisas se resolvem,
o olhar focado foi nas árvores, em atitude leviana e brutal.
Porque temos que praticar o mal em algo indefeso, quieto,
que não nos ameaça, muito ao contrário,
precisamos intensamente interagir com a natureza,
temos carência de árvores,
carência de verde, de sombras, de folhas, de flores.
Temos que nos habituar a plantar, a preservar,
cultivar, acolher, deixar que nossos olhos passeiem pelo verde,
e não pela vastidão da destruição que assola o planeta.
Em tempos de mudanças, é necessário que façamos reflexão:
Árvores adultas, sombreiam o caminho, abrigam ninhos e várias
espécies de pássaros, que com seu canto matinal dão brilho
e graça nas manhãs quentes e ensolaradas de verão.
Um colírio para nossos olhos, um frescor
para as pessoas que passam.
Agora o que vemos é a destruição tombada pelo chão,
pássaros perdidos e desorientados, a procura de
ninhos e filhotes, uma praça vazia e árida,
onde as pessoas sensíveis perguntam espantadas, porque ???
É preciso observar mais a natureza, tratá-la com
mais respeito e carinho, ter olhos de ver, ouvidos de ouvir,
despertar a consciência para seus chamados,
entender suas súplicas e seus significados.
"Ela" é vital para nós, e quando se enfurece,
somos impotentes diante de sua força.
Como nós, "Ela" é viva, senti dores, sofre, chora, e sangra.
E, hoje eu tenho certeza,
os eucaliptos estão sangrando.
Meus pesâmes!
- Helena Huback -