Liberdade para evoluir

Os miseráveis existem porque a sociedade assim o quer, pois a igualdade entre as criaturas e o amor são dádivas divinas. Aliás, o amor já é a caridade em ação. O cristão que não faz caridade não pode dizer-se cristão. A caridade não é esmola nem filantropia, a caridade é a mão estendida, desde o lar até a sociedade. Caridade é um dom que precisamos regar com a água da humildade para que se torne nossa companheira eterna. Não adianta dizer: eu faço caridade. Ela é como um perfume da alma, que inebria quem do caridoso se aproxima. A caridade é um dom que o Espírito adquire sem o perceber e deve fazer parte de nossa vida.

As provas que temos de passar são escolhidas por nós mesmos, e não impostas por Deus. Ele não obriga um filho seu a nada, o Espírito, filho de Deus, é que busca sua prova e Deus a permite para ‘resgatá-la de modo diferente’. É o rico que deseja se tornar pobre e o pobre que deseja ser rico, duas estradas difíceis de serem percorridas. Em ambas, muitas vezes, o Espírito vem a falir, porém, não é Deus que obriga o homem a nada, o homem só tem de obedecer às leis divinas e elas são imutáveis e justas. Se fôssemos perdoados dos nossos erros, não saberíamos dar valor ao perdão e cairíamos em novas faltas. Todavia, quando pagamos um a um dos nossos erros, vemos a dificuldade porque passamos e tudo fazemos para não voltar a errar.

O livre arbítrio é um presente: a liberdade de um Pai que ama seus filhos, porque quem ama não aprisiona. Deus nos criou simples e ignorantes, mas nunca deixou ninguém sem excelentes professores.

Roberto Valverde
Enviado por Roberto Valverde em 16/07/2015
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