Faça a sua parte!

"O olhar do observador cria ou modifica a realidade." Essa é uma máxima da Mecânica Quântica, mas enquanto o olhar não for acompanhado de ação, dificilmente veremos uma realidade melhor. Pois cada um de nós vê, na maioria das vezes, apenas aquilo que interessa ao nosso próprio umbigo. O pensamento com sentimento faz toda a diferença. Portanto, o que estamos pensando? E o que estamos sentindo? Qual é a nossa atitude? De construir ou apenas criticar? E, o pior, uns aos outros! Sem que cada um, efetivamente, mova uma palha.

Quer mudar os outros? Bobagem! Mude a si primeiro... Veja o que dá para fazer na sua rua. E faça... Você vê latinhas, garrafas pet, recicláveis jogados nela por algum transeunte descuidado (provavelmente morador de outras regiões que passou ali apenas para sujar)? Recolha, leve para o reciclado da sua casa, para que o caminhão da reciclagem pegue depois; contribua, consciente e alegremente, para a geração de recursos às famílias que trabalham no setor.

Sua rua está cheia de cocô de cachorro (de vizinhos inconscientes, próximos ou não tão próximos, que levam seus cães para passear e fazer suas necessidades nela – sem uma pazinha e sacola para recolher – ou dos cães abandonados que perambulam por ela)? Pegue sua própria pazinha e sacola, recolha você - o lixeiro levará depois para a destinação ideal. Se deixar na rua, você mesmo poderá passar em cima com seu carro e levar a sujeira para a sua garagem. Alguém pode pisar e depois tentar limpar os sapatos esfregando na sua calçada.

As calçadas da rua acumulam lixo por descuido de seus moradores, vizinhos inconsequentes ou acomodados? Pegue sacolas e recolha junto ao seu lixo (ou deixe sobre a calçada mesmo ou na lixeira da casa onde o lixo foi espalhado, se tiver, mas embalado), o lixeiro municipal levará também.

A guia da rua não é limpa pela prefeitura ou pelos próprios moradores, acumulando terra e mato (que nascem da terra acumulada, não do concreto da guia)? Tire algum tempo para fazer a limpeza dessas guias que acumulam terra, mato e água da chuva (focos prováveis de dengue e outras zicas).

Talvez ninguém (da sua própria rua) lhe agradeça por isso (embora alguns sempre vejam com bons olhos), provavelmente haverá até quem ironize de forma maldosa ou brincalhona (e aí, puxa-saco, virou funcionário da Prefeitura agora, é?); tudo bem, liga não, você está no mínimo fazendo terapia ocupacional. Ou livrando sua família (além das outras) de doenças transmitidas por mosquitos que não conhecem fronteira entre a rua e o interior de uma residência.

Tire alguns momentos do seu dia a dia para fazer algo de útil pela sua comunidade - independente de reconhecimento. Pratique a humildade, a verdadeira humildade - aquela que não se envergonha de fazer um "servicinho" na comunidade, como se estivesse cumprindo pena social. Liga não, os cães ladram, mas a caravana passa!

Acha pouco fazer isso? Não vai resolver o problema da sua comunidade, muito menos o da Nação? Não tem problema, você estará fazendo a sua parte. Quanto ao resto, se cada um fizesse como você, com certeza seria diferente; mas não dá (nem vale a pena) se preocupar com isso.

Ninguém vai fazer? Tudo bem, não julgue, não espere nada que não dependa exclusivamente de você, pois não temos controle sobre os demais. Se tivermos sobre nós mesmos já estará de bom tamanho! Talvez alguém veja na sua atitude um exemplo a ser seguido e comece a te ajudar ou ter iniciativas na rua dele. Mas não conte com isso...

Uma coisa porém é certa, acredite ou não você só terá a ganhar. Não parece, mas você vai receber muito por isso; embora não perceba, seus neurônios vão captar e gerar coisas boas pra você. Se fizer disso um hábito, verá que é estimulante, gratificante e faz bem à alma!

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 25/03/2016
Reeditado em 25/02/2021
Código do texto: T5584497
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