PERGUNTAS ESCRUTINADORAS

Costumo me perguntar sobre as chances de um casamento ser bem sucedido, quando a pessoa com a qual se convive, não admite ser contrariada, sob qualquer hipótese. Nessa realidade, infelizmente, comum, venho observando que o MEDO, impede que o casal desenvolva características essenciais aos relacionamentos bem alicerçados, à exemplo do companheirismo, da cumplicidade, dentre outras particularidades de importância assemelhada. Na ausência de diálogo, verifico que resta prejudicada a higidez do relacionamento conjugal, como também, de qualquer outro modelo. Sim, estou cada vez mais convencida de que algumas precauções precisam ser tomadas antes que entremos para a vida de uma pessoa, ou permitamos que alguém chegue para a nossa. A experiência tem demonstrado que perguntas e respostas pessoais sinceras, têm sido de bastante ajuda prática. Dentre as inúmeras perguntas escrutinadoras que guardam relação com o tema, acredito que os questionamentos abaixo enumerados, podem servir de termômetro para que se faça uma feliz escolha:

1) Se em determinado momento, em razão de situação imprevista, eu passasse a depender física ou emocionalmente de você, como reagiria diante dessa nova realidade?

2) Qual o fator que você apontaria como determinante para concluir que ficar definitivamente ao meu lado, seria a sua melhor opção?

3) Que aspecto seria indicativo de exclusão de toda e qualquer possibilidade de vivenciarmos uma vida a dois?

4) Quando casamos, independentemente da nossa vontade, estaremos atraindo para as nossas vidas, familiares mais próximos. Que tipo de relacionamento você pretende estabelecer com eles?

5) Você tem ciência de que o casamento é sinônimo de grandes e pesadas responsabilidades? Poderia alistar algumas delas, por favor?

6) Das características da minha personalidade, você vislumbrou alguma, com a qual não saberia de qualquer modo lidar?

7) Até que ponto uma possível limitação ou impedimento sexual seria capaz de afetar o nosso casamento?

8) Sob a sua ótica, qual o grau de importância que assume a lealdade, dentro do arranjo marital?

9) O que o tempo e a convivência vem revelando a respeito das nossas afinidades e incompatibilidades?

10) Será que estamos suficientemente maduros para nos fazer felizes?

Trata-se apenas de um rol exemplificativo, não taxativo, e que por essa razão, deverá, caso a caso, sofrer as variações pertinentes. É importante acrescentar, no entanto, que perguntas abertas sempre abrirão margem para que se fale mais abertamente, o que terminará por facilitar o diálogo.

Olga Nobre
Enviado por Olga Nobre em 18/09/2016
Reeditado em 23/09/2016
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