O porquê da baleia azul

Na viagem recente que fiz de Ivaiporã a Curitiba, ouvi durante o trajeto um menininho de aproximadamente três anos, conversando com a avó. Ele olhava pela janela e comentava dos rios, dos carros, das motos, do pássaro que voava, pedia ovo de páscoa e também queria o seu "mamá". A avó, para minha surpresa, o tempo todo dizia para ele parar de falar, que estava irritando-a, transformando a sua viagem em um martírio.

Então pensei: quantas crianças e adolescentes querem um ouvido para ouvi-los, um braço que os abrace, um toque no ombro, um não e um sim favorecendo o limite que eles precisam para demonstrar que há alguém que os ama e quer que eles acertem na vida.

Nesses momentos...me veio à mente o tal jogo da baleia azul. Sempre existirá algo no qual as crianças e os adolescentes na vulnerabilidade de sentimentos possam cair, muitas vezes sem sentido para levantar.

O afeto, a atenção, o carinho sem palavras, o toque sem tocar, veludo pelo olhar, faz a diferença no viver. Não custa nada, é o amor que precisa envolver mais as pessoas, ainda mais aquelas que trazemos ao mundo.

Só para pensar....***