Uma pausa

Setembro, um mês como outro qualquer, nada ele traz de novo, somos nós quem nos renovamos a cada amanhecer independente do tempo, mas nele, assim como em outros momentos podemos repensar nossa existência... O caminho que “decidimos” seguir, as pessoas que deixamos de acreditar, os sonhos que desfizeram nossa realidade, os tormentos que nos tornam infelizes – resultados de uma vida de incertezas e enganos.

Uma pausa para os desarmes pessoais, para as fúrias e acusações gratuitas, as indiferenças sutis na família, escola, faculdade, trabalho, os desgastes e os votos de bondade camuflados nos envenenamentos das falas – uma luta onde só há perdedores. Vale a pena olhar o caminho que temos ainda pela frente, é um árduo e longo caminho, mas vale ainda pensar que não somos inimigos, nos enganaram o tempo todo, não precisamos ser intolerantes, provocadores, mesquinhos, trapaceiros. Não precisamos competir, eliminar, ferir como animais irracionais que se atacam para proteger o seu habitat, arrancando tudo ou quem se apresentar no nosso trajeto. Enganaram-nos de muitas formas, em nome da religião, da política e da ideologia. Mas, se quisermos, podemos nos despir completamente, e tentar entender onde habita realmente o “eu”, onde ele ficou, quem o levou? E quando o encontrarmos estaremos livres de todas as outras coisas, capazes de reconstruir a começar de nós mesmos um novo mundo. A felicidade não depende do que o outro nos oferece, nem mesmo da realidade que nos cerca.

http://mariajucilene.blogspot.com.br/2016/09/uma-pausa_3.html?q=uma+pasua