Estóico

Sou um eterno fugitivo

Não!

Não sou! Nem serei

E não me considero um bandido!

Minha fuga é deste planetinha azul

Do planetóide, do particípio e dos verbos abundantes

Sinto sua falta Dona Gramática

Da sua mão firme nesse mundo engessado

Que nos encaminha diariamente para essa armadilha frasal

De tolos que se fantasiam de sábios

Que palestram na pretensiosa superioridade

Inflexíveis as diferenças de pensamento

E robotizados no velho conceito

De babacas absolutistas

Que se blindam da raivosa versão da arrogância distribuida entre homens e mulheres

Na falsa postura de grandes profetas

Que desejam cortar os pés para não calçar os sapatos

E é este o preço que se paga nesse tabuleiro de xadrez

Que amedronta a minha essência

Na maneira de se render aos que ficam parados

Implica-se em mexer-se no impulso de ser valente,

Frente… A nossa verdadeira coragem