VOCÊ PODE SER UM BOM VIZINHO... JOÃODEPAULA

VOCÊ PODE SER UM BOM VIZINHO.

O bom vizinho existe sim, com amor, bondade e generosidade em suas ações.

De: João Batista de Paula- Escritor e Jornalista.

Sempre é tempo de amar...

Sempre é tempo de ser bom...

Sempre é tempo de generosidade...

Sempre é tempo de servir...

Sempre é tempo de surpreender...

Sempre é tempo de dar presentes...

Sempre é tempo de ser um bom amigo, um bom companheiro, um bom vizinho, uma pessoa benquista e especial.

Eu e minha amada esposa, Expedita Maciel, resolvemos passar uma temporada fora de nossa cidade de origem Itabuna, para a cidade das águas Dias D`avila, perto da capital Salvador, na Bahia.

Alugamos na cidade de Dias D`avila um apartamento – Um dia desse eu até brinquei dizendo: “ A cidade é tão quente, que o urubu voa com uma asa e com a outra ele fica se abanando. A sorte é que a gente bebe e toma banho com água mineral de primeira qualidade” – Um apartamento para passarmos as festividades de Natal e de Reveillón, porque de carro fica meia hora da capital da Bahia.

Vivendo há 45 dias na cidade, no condomínio Imbassay, o vizinho conhecido como seu Leal, percebeu que eu estava lavando a “roupa suja” sem ser na máquina de lavar, ou no tanquinho. Máquina que minha santa mãe Mariinha, no Ceará, chama de Isaura, quando ela vai lavar roupa e diz: “ Vou colocar a Isaura para trabalhar”

Então, ele, o bom vizinho, aproximou-se e foi logo argumentando: “ Olha, se quiser lavar a roupa de vocês pode usar a minha máquina de lavar”. É claro que agradeci a boa vontade, sem fazer uso dela no primeiro momento.

Devido a insistência do seu Leal, em outras ocasiões, acabei usando a máquina de lavar e, ainda, usei o varal dele. Foi incrível! Lavei três lençóis, duas toalhas de banho, quatro camisas, uma calça social, uma bermuda, além dos panos de prato.

O vizinho ofereceu álcool para colocar na água, levei o sabão em pó e o amaciante. Só sei que a roupa ficou uma belezura! E agradeci. ..

Em seguida, o bom vizinho, seu Leal, falou para mim: “ Você me permite, eu mostrar algo para você? Pode entrar. Tenha a bondade de vir aqui no meu quarto”. Meninos! Fiquei assustado. Só pensava no João de Deus, lá de Abadiana, em Goiânia. Mesmo assim fui...

O homem abriu o guarda roupa e exibiu roupas novas que ele não usava. Verdade! Elas tinham etiquetas e os preços. Em seguida falou: “ Quero lhe dar de presente de Natal umas camisas e calças”. Nossa! Fiquei emocionado. Experimentei logo duas calças e duas camisas e fiquei satisfeito. Agradeci. O bom vizinho só dizia: “ Não agradeça a mim, não. Agradeça a Deus”. Acrescentando: “ São meus presentes de Natal para você, padre João” .

Enfim, justifiquei: Eu não sou padre, sou profano. Ele argumentou: “ Eu sei. Você é uma pessoa boa, importante, muito educada. A gente percebe pelos modos, a maneira de se expressar, desejar bom dia, ou mais. Você merece. Por isso, meu desejo de presentear você”.

É claro! Fiquei realmente emocionado, agradeci outra vez.

Fui para minha casa todo empolgado e usando já uma das camisas ofertadas. A amada esposa notou logo e perguntou como consegui aquela roupa. Narrei o ocorrido, ela também agradeceu ao bom vizinho. Ele argumentou: “ Faltam ainda os seus presentes, vocês são gente boa”.

Lembrei do que tenho dito: A maldade reside na mente das pessoas, cada uma faz ela tomar corpo ou não.

Um outro vizinho, mandou o vizinho dele, pedir a mim cem reais, alegando: “ Ele é rico. Ele pode. Todo dia vejo ele colocar ração para mais de dez cães de rua”. É claro! Fiquei surpreso em ser espionado. Na verdade, costumo dizer: somos vigiados o tempo todo.

Feliz Natal.

Feliz Ano Novo.

Feliz Vizinho.

Eu pensei, pensei, agradeci e orei, conclui: Já pensou se as pessoas que olhassem para mim, ofertassem alguma coisa, eu nem precisava comprar nada. Viva o bom vizinho! Viva a Boa educação..

Engrandecido seja Deus.

João de Paula
Enviado por João de Paula em 22/12/2018
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