EU E A PRIMAVERA


Ela chegou, assim como quem não quer nada.
Sem pedir nada.
Ela só oferta!
E de asas abertas, o passarinhado entoa,
O coro da primavera que colore campos e vales.
Meus olhos se enchem de alegria!
Meus lábios se abrem num sorriso
Volto a viver num paraíso.
A chuva vem, a chuva vai
Molhando elas, as flores
Depois o sol, volta à aquece-las
Dando a continuidade do ciclo da vida.
Do amarelo ao vermelho trás
A cor laranja, também o lilás
É uma união de cores
Que não para mais.
Caminho por entre elas as “flores”
Devagar, para não machucar
Desfruto dos mil perfumes
Que todas juntas trazem
Para me agradar.
E que não tem igual!
Meus olhos caminham
Chegam a maior e a bem pequenininha,
Levanto os olhos que não querem parar,
Há tanta beleza para desfrutar.
Param assim pasmados!
Viram adiante, acima de mim
O ipê amarelo, também o vermelho
A laranjeira verde com seu véu de noiva
E o pessegueiro para ornamentar
Há! são tantas, e multicores
Que meus olhos vão bem mais além
Ao céu azul, pintado de branco
Traspassam as barreiras mansas
Do nosso universo.
Chegam a Deus e lhe pedindo em prece,
Socorro Senhor!!!
A nossa terra aquece.
Há homens maus, que por dinheiro
Matam as arvores, queimam as matas,
Poluem os rios (isto é no mundo inteiro),
E o amigo sol que hoje ainda aquece
À nós matará com seca e fome
E tudo provocado pelo homem
Que amanhã morrerá e deixará
Esta herança maldita aos descendentes.
Senhor piedade, piedade
Tire essa mancha negra da maldade
De-lhes amor, virtude, solidariedade
Para que num futuro bem próximo
Não sofra todo o mal a “humanidade”!