Amor próprio
Sempre dei valor pra tudo ao meu redor,
e me desvalorizava,
me esquecia.
A vida sempre me surpreendia.
Eu só chorava,
raramente ria.
Surpresas desagradáveis,
pessoas inconfiáveis,
atitudes incontroláveis.
Senti um vazio por dentro,
como quando se está faminto.
Ao buscar o que me completasse,
Resolvi que agora é minha vez de surpreender a vida.
Subi no salto,
Soltei os cabelos,
deixando-os se mover livremente com o vento.
Não me rebaixo com a ignorância alheia,
O que vem debaixo não me atinge,
no formigueiro se joga água quente,
e elas morrem na hora.
Aprendi que a vida não tem graça sem amor,
mas o amor não é a única graça da vida.
Tendo amor próprio,
tudo se completa.