Amor próprio

Sempre dei valor pra tudo ao meu redor,

e me desvalorizava,

me esquecia.

A vida sempre me surpreendia.

Eu só chorava,

raramente ria.

Surpresas desagradáveis,

pessoas inconfiáveis,

atitudes incontroláveis.

Senti um vazio por dentro,

como quando se está faminto.

Ao buscar o que me completasse,

Resolvi que agora é minha vez de surpreender a vida.

Subi no salto,

Soltei os cabelos,

deixando-os se mover livremente com o vento.

Não me rebaixo com a ignorância alheia,

O que vem debaixo não me atinge,

no formigueiro se joga água quente,

e elas morrem na hora.

Aprendi que a vida não tem graça sem amor,

mas o amor não é a única graça da vida.

Tendo amor próprio,

tudo se completa.

aMoranguinho
Enviado por aMoranguinho em 27/09/2007
Código do texto: T670829
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