Minha montanha, quando ainda verde


#somostodosamazonia & Outras Hipocrisias


Há algumas semanas, abri a minha janela e deparei com um cenário triste: a montanha da Pedra do Retiro, que mostra uma paisagem maravilhosa, estava em chamas. Ninguém sabe como o fogo começou, embora a maioria dos incêndios florestais por aqui seja criminosa e provocada por pessoas irresponsáveis que pretendem apenas se divertir soltando balões e fazendo fogueiras pelo simples e mórbido prazer de “ver o mato queimando.” 
 
O fogo durou três dias, e hoje, quando abro a janela, ao invés de ver uma montanha coberta de bromélias e pontilhada por árvores, com pássaros voando em volta do pico, eu vejo um monte de pedra nua e escurecida pela fuligem. 
 
Todo ano é a mesma coisa: centenas de quilômetros de florestas são queimadas, e centenas de animais sofrem uma morte dolorosa, tanto aqui no Brasil quanto em países do primeiro mundo. Vimos os incêndios na Califórnia que queimaram mansões e desalojaram centenas de pessoas; o mesmo aconteceu em países como Portugal, Grécia, Suécia, Finlândia e França, em julho de 2018. Quem duvida, siga o link da própria Folha de São Paulo: 
 
 
De repente, todo mundo virou ativista em defesa da Amazônia. Pessoas que nunca deram a mínima para o problema, que se arrasta tristemente há muitos e muitos anos, postam nas suas redes sociais fotografias (mesmo que sejam de incêndios que aconteceram no passado e cujo fotógrafo já morreu há anos) de incêndios e animais queimados. Países europeus, que são famosos por terem reduzido suas florestas a quase zero, clamam em entrevistas que “Precisamos salvar a “nossa” Amazônia" – como se ela pertencesse a eles. 
 
ONGS que foram estabelecidas apenas a fim de monitorar nossas riquezas e mapear a floresta a fim de atenderem a interesses de exploração internacionais, fazem pirraça ao verem suas fontes de renda secando. 

Nos dias de hoje, o Amazonas possui nada mais, nada menos que quinze barragens de mineração- informação colhida no site Porta da Amazônia -http://portalamazonia.com/noticias/amazonas-possui-15-barragens-de-mineracao-saiba-onde-ficam . Mas ninguém liga para isso, não é?
 
Todos sabemos que tais barragens implicam na construção de barragens de rejeito, semelhantes as que causaram os acidentes em Mariana e Brumadinho. 
 
Vejam este trecho de uma reportagem publicada em 2003, no governo de Lula, no site A Nova Democracia:
 
“ Em dezembro de 2002, um geógrafo e dois engenheiros agrônomos enviaram um Manifesto ao Presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva *, para denunciar o saque de nossos recursos florestais, a descaracterização do planejamento regional amazônico, o interesse e atuações das NGOs - No Governamental Organizations (ONGs - Organizações não governamentais) e suas subsidiárias do Brasil. Fazendo eco às denúncias da Frente Parlamentar em Defesa do Brasil e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Afins (FNTTA), publicada em A Nova Democracia no5 (dezembro/2002), os autores do manifesto-denúncia conclamam a retomada do processo decisório pelo governo, na salvaguarda da soberania e do desenvolvimento nacional.
 
Da mesma forma, há exigências para o estabelecimento de legislação específica, visando o acompanhamento sistemático das ações das Ongs , transnacionais ou não, em território brasileiro, a partir da apuração dos fatos e em função dos depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga, no Senado Federal, denúncias e irregularidades por força da atuação dessas organizações.**
 
Registros de saque e pirataria da floresta amazônica, nesta última década, vêm estarrecendo a opinião pública brasileira e mundial. A tal ponto que até mesmo os meios de comunicação refratários às denúncias sobre o entreguismo não mais podem evitar o assunto — embora possam atenuá-lo — como o "Jornal Nacional" da Rede Globo, no dia 7 de dezembro. Naquela data, foi necessário dar destaque à pilhagem de madeiras em São Felix do Xingu, no valor de 300 milhões de reais, sem contar os imensos danos causados à natureza. Em particular às reservas de grande biodiversidade.
 
Ocorrências assim revelam mecanismos bem definidos. Dela participam múltiplos interesses com "o respaldo ativo do aparelho de Estado" e conexões internacionais.”
 
 
Isto prova que o problema é muito antigo, e começou no governo daqueles que hoje acusam o atual Presidente da República recém-eleito, Jair Bolsonaro, de mandar queimar florestas e matar animais. Pessoas irresponsáveis, que não se dão ao trabalho de ler e pesquisar antes de acusarem pessoas sem terem provas; pessoas que engolem sem água e sem olhar tudo aquilo que uma esquerda cansada e cansativa lhes empurra goelas abaixo. 
 
Isso muito me entristece, pois é a prova viva de que estas pessoas não evoluem e não aprendem, mesmo diante do óbvio. Vivemos em um país onde apenas o pior é alimentado, ressaltado, incentivado. Para ajudar, não tem quase ninguém, enquanto que os críticos acéfalos teleguiados por controle remoto, cujo único botão fica à esquerda, surgem a todo momento, a fim de espalharem fake news e tentarem destruir o país onde eles próprios estão vivendo, desde que seja “pela causa.”
 
Mesmo que eu não concorde com tudo o que faz ou diz o Presidente da República democraticamente eleito pela maioria dos cidadãos brasileiros, inclusive eu mesma, é ele que está lá no poder, tomando as decisões e tentando circular pela lama negra da corrupção sem cair nela. Ele tem feito coisas que nunca foram feitas antes aqui no Brasil. Está enfrentando gente perigosa, já teve a própria vida ameaçada, e tem tido a vida de sua família ameaçada em redes sociais o tempo todo, e mesmo assim, continua lá, tentando fazer o seu melhor. Assisti a um vídeo onde um homem dizia que ia “pegar” a filha dele, inclusive, citando o nome da menina. Não sei o motivo de tanto ódio dirigido a uma pessoa que está lá porque lá foi colocado pela escolha da MAIORIA!
 
Tenham ao menos um pouco de respeito – se não o tem por ele, que seja pela inteligência da maioria do povo brasileiro. 


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 23/08/2019
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