Uma epígrafe no coração

Tudo, um dia, se torna ausência, transforma-se no reflexo de coisa nenhuma dentro de uma projeção enigmática da evolução.

E essa falta, é a alusão essencial que procuramos encontrar em cada nova aurora.

E em determinada estação desta trajetória nos deparamos com os antagônicas apreciações que se apresentam e nos põe a prova nos conceitos do “ser” e o do “ter”.

É neste exato instante que devemos parar e refletir, e assim, buscar o entendimento da nossa condição contínua e específica de desenvolvimento.

Então descobrimos que somos capazes de suplantar os nossos obstáculos, os enigmas, e porque não incluir, as ausências.

Descobrimos que temos que identificar primeiro os caminhos que queremos seguir, e só depois, classificar os ventos que nos impulsionarão favoravelmente até o destino.

Neste instante, estaremos aptos a dar o registro de nossa plenitude em relação à vida, dando autoria as ações que para ela foram dedicadas, mesmo tendo a consciência do quanto somos frágeis, incompletos e dependentes do que nos cerca.

Mas é justamente neste momento crucial onde nos deparamos com o tempo de encararmos o que é sombrio, e confrontarmos com a dor, que podemos classificar os elementos que nos permitem o reencontro com o equilíbrio, de combatemos os nossos medos e resgatarmos as esperanças com o propósito de movimentar nossos sentimentos para as causas nobres.

Nesta hora, em que a impressão de tempestades infindáveis, é o justo período de encontrarmos uma canalização diferente para um estímulo distinto, que depure; que apresente o conteúdo exato de tudo que pode ser bom.

Neste extenso e intricado cerimonial de agregações, nos deparamos com estas imprecisões, o não saber do futuro, do que nos será apresentado sem o prévio conhecimento de onde iremos.

A vida é este composto de fulgências e obscuridades, e hoje, vivendo nesta perceptibilidade no ato de ansiedade, a decifro como correspondente, neste instante onde temos que experimentar; conhecer e sentir a consternação.

Hoje, ao chorarmos, promulgamos a nossa tristeza pela ausência, mas, de imediato, devemos voltar a sorrir pela biografia que foi composta por aqueles que ““ trocaram de ponta “” e estão nos meus arquivos das emoções que residem em nossas reminiscências.

Devemos chamar as lembranças para os bons momentos e deixar que a “”luz”” prevaleça em cada novo amanhecer.

Parafraseando Benjamin Disraeli que disse:

- A vida é muito curta para ser pequena!

E os que nos são caros, a tornam majestosa...

Então, nesta existência, que desfrutaram, deram a sua colaboração para que a vida se tornasse grandiosa, para eles mesmos, e a todos que compartilharam estes instantes em suas companhias.

A extenuação é uma ocorrência, e isso é certo; entretanto, quem construiu com sua simplicidade, ocasiões que as tornaram extraordinariamente respeitáveis e essenciais entre os mortais, expandiram a sua alma no elementar da luz...

A saudade é uma imposição quando há o amor verdadeiro!