O QUE SOMOS NÓS, AFINAL?

Hoje, alguém me perguntou: O quê somos nós, afinal? Eu, apenas lhe respondi que não somos absolutamente nada, além do que representamos ser aos olhos de Deus... Mas, há quem pense diferente por viver no "conforto" de uma falsa fortaleza que não lhe protege de nada, e que não lhe pertence, assim como também, os estonteantes iates, aviões, e automóveis de luxo que não lhes são seus também, por assim serem subtraídos do mundo subversivo do crime e da prostituição, em alguns casos, mas são os meios que justificam os fins dos ególatras para a espúria sociedade que os representam em meio ao seu falso poder, para gozar de um ilusório status que não lhe é devido de fato e de direito. Status que se desfaz como uma nuvem que passa se dissipando no ar.

Assim, status se desfazem, são dissolvidos por meios fulcros das dilatações de poder, que os fazem empobrecem a luz do dia, por não merecerem o apogeu de suas pobres e insanas ilusões. Status de serem o que não são, que nunca foram, e que nunca serão! A vida não lhe pertence, não é sua como imagina ser que é... Quando você morre, tudo se esvai, tudo se dissolve, tudo fica, nada vai com você além do que é fúnebre.

A morte não é um vagão de trem a postos pra levar seus pertences, seus amores, suas joias, seu "tudo"... Não, nada disso, fica tudo aqui. Ela leva apenas, sua alma com sua bagagem infinda de seus tormentos, ou seu império de obras espirituais, se assim, as tiver.

O Status se desfaz por uma simples ventania, pois, não é preciso um vendaval e nem mesmo tempestade para que essa "fortaleza" se transforme em escombros, assim como qualquer entulho em meio ao nada da devastação do tempo. Assim, se desfaz o status de quem não ergue sua fortaleza sobre rochas, e sim, sobre areia no deserto.

Quem se acha Rei do quê não é, e pisoteia com desdém na alma de quem sobrevive de seu rico e santo espírito, é um vil e reles mendigo por natureza. A ilusão do falso e nefasto status, é a bússola de navegação para quem é pobre de espírito caminhar e navegar sobre as águas turvas das iniquidades, dos infortunios e das trevas.

Quem é pobre de espírito, jamais terá o pódio santificado como triunfo da alma, mas, o inferno astral da real pobreza, que é viver caminhando perdido como zumbir na falsa ilusão de ser o que não é.

Como exemplo de que, ninguém é nada nessa vida, eu também não sou nada além do que sou. Apenas, sei o que fui, e o que nao fui principalmente, e que hoje, ainda não sou nada além do que acredito ser, e o que meus passos possam alcançar. Mas não é de meu desejo somar ao peso da Cruz que carrego, restos soberbos de quem multiplica o peso de sua cruz.

Veriano Dias
Enviado por Veriano Dias em 02/04/2021
Código do texto: T7222221
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