INVENTEI DE INVENTAR

Quinta-feira. Sem ter o que fazer, inventei de inventar algo pra postar para os meus raros leitores. Com o Natal já apontando na esquina, comecei a reler um belíssimo e-livro do poeta Herculano de Alencar. De lá retirei um poema que posto aqui para vocês como um

Presente de Natal

Quantos dezembros, sempre acordado, ouvindo renas, sinos e trenós...

Eu e meus sonhos, quase sempre a sós, a espera do presente desejado!

Um olho semiaberto, outro fechado, enquanto não viesse a escuridão

que vinha, como fosse o bom ladrão, roubar-me a luz do sol pelo telhado.

A minha mãe, num beijo abençoado, saía, com sutil delicadeza,

deixando uma luz somente acesa: uma estrela no céu, todo apagado.

E vinha, de trenó, um sonho alado, teleguiado até ao meu desejo.

E minha mãe então me dava o beijo, Que me punha sonhar, mesmo acordado.

Herculano de Alencar, em seu e-livro METÁFORAS

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 22/12/2022
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