DICAS PARA QUEM QUER PARTICIPAR DE SITES DE PUBLICAÇÃO E COMPARTILHAMENTO DE TEXTOS

 

   1 – Se sua maior intenção é ser bastante visitado e comentado, de preferência crie uma conta com nome feminino e anexe uma foto de uma jovem simpática e sorridente. Quem é carrancudo será uma espécie de “espantalho” para os outros autores ou leitores. Vai por mim: se você for alguém que tenha uma cara de poucos amigos (com um semblante fechado ou severo), e que não consegue sorrir para fotos, melhor não colocar nenhuma foto de perfil.

 

 

 

   Sendo então, se quiseres ser visitado ou melhore a cara (faça uma plástica, sei lá) ou então, como foi dito antes, coloque a foto de alguém de boa aparência (a que não lembre a sua cara de pitbull ou de quem sofre de distimia [síndrome do mau humor]). Recordando-se que o mundo abre as portas para quem tem uma boa imagem (para quem é bonito). E não estou de gozação.

 

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   E coloque a sua idade com menos de 30 anos (ou, então, não ponha nada, caso não for obrigatório). E jamais esquecendo: é preciso ter um perfil feminino (preferencialmente). Para ser visitado [em sua página] é a primeira isca. ELAS são mais buscada que ELES. Assim como também ELAS são mais respeitadas, a se saber que são tratadas com uma mão mais suave, enquanto muitos DELES são tratados com uma mão mais dura (pelos “paus de espinho” na maiorias dos sites).

 

 

   2 – Mas se realmente for importante para ti ser visitado, visite e comente o máximo de textos que puder. Nem precisa se dar ao trabalho de ler. Mas, comentar é indispensável, nem que se for com expressões assim: “Que lindo!”, “Amei o texto”, “Parabéns pela belíssima obra, escrita com a sua alma”, “Parabéns pelo seu rico talento”, etc. A pessoa do outro lado se sentirá lisonjeada e acreditará que seu texto foi lido (só que não). Só é certo que alguém leu realmente um texto se [ele] o comentar com detalhes do início ao fim.

 

 

   3 – Sempre que alguém te visitar (pelo comentário que fará) visite-o também, até mesmo por uma questão de retribuição de gentileza e, sobretudo, de educação (algo que poucas pessoas nos espaços urbanos hoje em dia têm!). Mas, visite-o. Como a se dizer: responda com um “bom dia” a quem lhe deu um “bom dia”.

 

 

   4 – Não publique textos demasiadamente longos, oh! de forma alguma, ainda que tenhas a intenção de levar a todos uma mensagem que para ti seja relevante. Os trabalhos precisam ser curtos, a se lembrar que o brasileiro – de modo geral – detesta ler. E quando lê é quase sempre por “obrigação”. Mas, se tiver que publicar textos grandes, faça com que [eles] não sejam cansativos, e, se possível, anexe imagens, de forma que pareça como a quem que está lendo uma revista. As imagens ajudam a diminuir o impacto [produzido pelo tamanho do texto].

 

 

   5 – Caso tenhas vários trabalhos que para ti sejam bastante significativos, vou te dar aqui uma dica interessante: não publique todos num único dia. E por quê? Simplesmente porque os leitores - de modo geral – costumam ir só em sua última publicação. Um fato que até hoje eu não entendi bem. No que [eu] concluo em meu raciocínio: se fui visitado [mais] somente em meu último trabalho é porque as pessoas não estão interessados em meu acervo, mas, talvez, apenas querendo que eu as visite.  

 

 

   6 – Procure não publicar somente textos com conteúdo sobre política, ideológicos ou que diz respeito a religião. A não ser se não se importar em ter poucos leitores [enquanto estiver no site]. Publique textos “melosos”, “água com açúcar”, semelhantes àquelas mensagens ditas nos programas de televisão pelas manhãs por “gurus de auto-ajuda”. Isso mesmo: daqueles autores que as emissoras contratam só para fazer emocionar o telespectador, e que ficam dizendo coisas bonitas [para os outros], mas que nunca aplicam para suas vidas.

 

 

   A se saber que as pessoas [em geral] dão preferência por palavras bonitas e não gostam de ouvir palavras “verdadeiras”. Na verdade, optam em ler autores que lembram o romantismo cor de rosa [de dois séculos atrás] a ler poemas de revolta como os de Bertolt Brecht, a alegar que este tipo de leitura pode piorar a sua depressão. É verdade: preferem ler quem lhes faz entrar no encantado mundo de Alice no País das Maravilhas e não no espaço horrível daqui [que é o Inferno de Dante].

 

 

   7 – Se possível, não envie trabalhos com conteúdo polêmico, apesar de que os maiores escritores são sempre polêmicos. Mas, se tiver que escrever algum texto que gere conflito ou controvérsia, não deixe de anexar provas, documentos, imagens, gravações, vídeos (como eu sempre faço). Fazendo deste modo, ninguém poderá te confrontar, considerando que ele tem somente a sua opinião enquanto você tem a revelação concreta.

 

 

   8 - Não caia na tentação de confrontar com algum autor por causa de algum trabalho [dele] que não te agradou. Deixe-o p’ra lá. Você não precisa deste indivíduo. E além do mais o outro tem também seus seguidores e simpatizantes, e podem te boicotar se lerem seus comentários “um pouco mais pesados”. E uma dica que eu acho ser a melhor nesses casos: opte pelo anexo “PUBLICAR OS COMENTÁRIOS SOMENTE SOB A SUA AUTORIZAÇÃO”. Caso deixar livre o espaço dos comentários [para todos] tenha a certeza de que irá receber palavras ofensivas ou indelicadas (muitas vezes só para te provocar). Sim, comentários realizados por pessoas de nível baixo, ou que muitas vezes assim fazem porque têm inveja de seu talento. A se lembrar que eles não são “críticos”, mas sim, ofensivos. Há muita diferença. E se vier de autores cadastrados, melhor bloqueá-los. Mais uma vez repito: você não precisa deles. E jamais discuta com eles. É como nos ensinou o gangster Al Capone: “Jamais discuta com os idiotas”.

 

 

   Isso mesmo: discutir com um idiota é descer ao nível dele. Faça como eu, que simplesmente não converso com ignorantes, fanáticos, fundamentalistas (ideológicos ou políticos). Bater boca com eles é dar bom dia a cavalo. Não vale a pena. E completando aqui: todo mundo conhece a chamada “regra de ouro”: Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles” (Mateus 7:12). A devida regra cabe aqui também, a saber que você deve tratar as pessoas como gostaria de ser tratado. Isso mesmo: aplique-a quando tiver que escrever um comentário. Respeite, como eu tenho certeza de que você gostaria de ser respeitado.

 

 

   9 – Se não tem conhecimento de um determinado assunto não escreva nada [sobre ele]. Há uma grande possibilidade de você passar vergonha [se for escrever sobre algo a que não tenhas domínio].

 

  

   E aqui cabe também ser dito: se você não tem as soluções para os mil problemas deste país (que, desde que me dou por gente, sempre teve problemas) então, pelo amor de Deus, não escreva nada. Não fique nesta bobagem de ficar dizendo "a culpa é do tal sistema", "a autoria do que estamos presenciando é de responsabilidade de fulano de tal", "o país está 'assim" por causa disto", e coisas deste tipo.

 

 

   Pense comigo: se [você] cair na tentação de escrever palavras infrutíferas serás somente mais um barulhento na "rede internacional de computadores (Internet)", nesta que parece que virou moda propagar discursos de ódio e mensagens ofensivas. É isso aí! se realmente quiser fazer a diferença escreva e propague aquilo que de fato seja construtivo e verdadeiro. E sempre lembrando: espalhar ódio não é liberdade de expressão, é crime.

 

 

 

   10 – Não “vá na onda do momento”. Tenha sempre opinião própria, julgando as coisas por ti mesmo. E não espalhe rumores num espaço em que circula todo tipo de “ruído”. Não propagues “fake news”, a se lembrar que isto é crime.

 

 

   11 – Não publique textos com mensagens apocalípticas, com dizeres do estilo: “O que está havendo são sinais do final dos tempos”, “tudo o que está acontecendo está escrito na Bíblia”, “esta é a última guerra, o mundo vai acabar”, “converta-se enquanto é tempo”. Raciocine comigo, meu querido: Qual o interesse de tais pessoas a não ser propagar um medo coletivo? Pelo amor de Deus, não queira “dar uma de profeta atual dos finais dos tempos” no espaço do site. O mundo, infelizmente, não vai acabar, não, meu amigo. Desde que me dou por gente tem esta lorota. E se de fato for acabar (a se confirmar a vinda de um gigantesco asteróide na direção do planeta) o que você irá fazer? Ir correndo a alguma agência de seguros? Repito: não use o espaço para escrever mensagens apocalípticas.

 

 

   12 – Não fique querendo “converter” as pessoas para o “rebanho do Senhor” em função de seus textos. Ou melhor, não fique fazendo proselitismo dando uma de “pregador da Palavra de Deus”, a pretender levar alguém (ou muitos) para a sua igreja (em função de seus textos). É irritante ler este tipo de trabalho. E, aqui, falarei por mim: a única forma que alguém pode talvez me convencer a respeito de sua fé será somente por seu comportamento e não por pregações vazias e chatas, ou construções feitas por palavras ornamentadas (bonitas). Resumindo e aonde eu mais quero chegar: não faça desta plataforma (de fins literários) uma espécie de "pulpito" para pregação de suas convicções religiosas.

 

 

   13 – E não sejas jamais um “profeta do pessimismo”, a ficar o tempo todo em seus textos dizendo que nada aqui tem mais jeito, ou de decretar “morte cerebral” do espaço em que nos achamos. Ou em outras palavras: pare de ficar desejando o pior para tudo (principalmente para o país). É isso mesmo: quando alguém só escreve coisas negativas é porque, em seu inconsciente, ele deseja o mal para o cenário em que nele estamos. Na verdade ele está gostando de ver "o circo pegando fogo".

 

 

   14 – Vivo agora e o resto que vá para a puta que o pariu” - (Clarice Lispector); “Que nenhum filho da puta se me atravesse no caminho” - (Fernando Pessoa). Caríssimo (a) leitor(a), não use [jamais] em seus trabalhos palavras vulgares ou chulas como, por exemplo, “FILHO DA PUTA”, “PUTA QUE PARIU”. Só os escritores renomados e famosos é que têm a “carta branca” para colocar essas expressões seus trabalhos, tais como Fernando Pessoa, Clarice Lispector, dentre outros. Para os escritores amadores o uso destes termos não será bem visto. Digo isto para o seu bem, se de fato não querias ser duramente criticado ou que seus antigos leitores (aqueles mais “certinhos”) caiam fora de seu espaço (de sua página).

 

 

   15 – Evite postar trabalhos com teor “nacionalista” ou em nome de bandeiras ou de um “patriotismo cego”. Em sua essência [eles] são carregados de ódio e intolerância. Tem uma frase do pensador indiano Krishnamurti que diz: “O nacionalismo é um veneno e o patriotismo um entorpecente”. Tal raciocínio se acha atualmente no Brasil.  E nesta divisão ideológica, marcada com visível divisão política, o que mais se vê são discursos de ódio e intolerância. Saia dessa onda, não publique este tipo de conteúdo, então. E muitos membros (dos sites) já estão cansados de “comer deste horrível prato”. E outra coisa mais: estes nacionalismos carregam muitas vezes a marca da “xenofobia”.

 

 

    E, portanto, se você não aprova o modo de como muitos nos enxergam [nos países deles] não lhes seja semelhante realizando trabalhos e divulgando-os nas plataformas das redes (mesmo que seja o seu ponto de vista).  

   E por falar em “patriotismo”, me veio agora à memória o conhecido personagem de Lima Barreto – o Policarpo Quaresma. É interessante analisar a sua conduta (totalmente marcada por uma postura patriota, porém, ao extremo). E é onde eu quero chegar e lhe sugerir: não se incorpore na personalidade dele, considerando que chega a ser ridículo o fato de muitos rejeitarem qualquer forma de estrangeirismo.

 

 

   Raciocine comigo: o mundo está mais que nunca globalizando e negar a influência (mesmo verbal) de outras culturas é, no mínimo, uma idiotice. Digo isto para o seu bem, isto se você não se importar de ser considerado “o chato da turma”.

 

 

   16 – Nunca publiques textos de conteúdo preconceituoso (racistas, xenofóbicos, homofóbicos), nem por brincadeira. Lembre-se: racismo, homofobia e xenofobia pertencem à "categoria dos crimes de ódio".

Em outras épocas até era permitido fazer humor com este tipo de preconceito, ao que muito já foi apresentado nas artes (programas de televisão, música, cinema, novelas). Hoje pode dar sérios problemas. E, cá p’ra nós: não se trata somente de desrespeito, mas de “desumanidade”. E, só para concluir este tópico, mais uma vez eu digo: não se trata de “liberdade de expressão”, é “crime”. E repetindo: pode dar sérios prejuízos (desde multas até prisão).

 

 

   17 – Não queria ser um “Gabriel Garcia Márquez”, ou um “Paulo Neruda”, ou um “José Saramago”. O que eu quero dizer é: Não deseje receber o Prêmio Nobel de Literatura. Não seja megalomaníaco a este ponto. Seja você mesmo, ainda que vivas no anonimato. Ame a sua arte, mas não seja vaidoso em pretender usá-la apenas para te enaltecer. É bobagem isto.

 

 

   E só para o teu conhecimento, haverá um tempo em que a Terra será sugada sem piedade por um “buraco negro”, e depois disso ninguém será lembrado, inclusive nenhum ganhador do Prêmio Nobel (e muito menos eu e você).

 

 

   18 – Não querias também ser um “Camões”, um “Shakespeare”, um “Hemingway”, um “Hesse”. Seja você mesmo e viva na época atual. Nada de achar que para ser considerada Poesia é preciso ter uma linguagem dos tempos do Parnasianismo, do Simbolismo, do Realismo, Romantismo, etc. A Literatura é uma arte que, como qualquer outra, não fica ancorada num cais do tempo. E sejas livre em seu estilo.  E nunca esquecer que nestes sites (que possibilite o envio de trabalhos literários) todos (ou a sua grande maioria) são “amadores”.

 

 

   19 – Não seja repetitivo em seus trabalhos, para que ninguém diga a seu respeito: “Leu um só texto dele, e leu todo o seu acervo”. Sendo assim, busque mudar de tempos em tempos o seu estilo de escrever, e, se for de seu alcance, escreva de tudo (poemas, crônicas, roteiros, novelas, contos, documentários, etc.). Mas o tempo todo inovando, e, portanto, se renovando.

 

 

   Pense comigo: o segredo do longo sucesso dos Beatles é que eles mudavam de estilo (em tudo) e alternavam suas composições, onde chegaria um ponto que se eles cantassem somente “She Loves You” até seus primeiros fãs iriam se enfarar [deles]. O nome disso é “inovação”.

 

 

   20 – Se não estiver inspirado não escreva nada. Não invente palavras nem as busque. Na Literatura as palavras é que buscam o escritor (todas as vezes em que nasceu uma obra bela). E sobre a questão da inspiração deixo aqui uma mensagem que muitos atribuem ao grande Einstein: Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se me revela”.

 

 

   21 - As dicas [aqui] foram dadas para quem deseja entrar (ou mesmo para os que já estão) nos sites de publicação e compartilhamento de trabalhos literários. Sei que usei de ironia em algumas coisas, como, por exemplo, eu também já postei muitos textos de cunho político, já fiz (e quase sempre faço) textos longos, porém nunca usando de forma ofensiva ou preconceituosa. E sempre me apoiando em fatos, evidências e provas. Nada escrevo me apoiando a partir de simpatias ou antipatias, mas tendo sempre o foco da “verdade”.

   Oh! Se não sou por todos compreendido ou agradável?  E quem [por todos] é? Como se diz: nem Cristo agradou a todos! Outra coisa mais: não se preocupe se poucos te visitam. Como dizia o grande escritor Lêdo Ivo: “Para um escritor autêntico, mais de um leitor é exagero”.

 

 

   24 – Não idealize ninguém neste espaço virtual, não “endeuse” ninguém. Ninguém conhece ninguém [verdadeiramente] mais do que a pessoa que com ele (ela) convive na “vida real”. Não crie expectativas por ninguém só porque se encantou com seus trabalhos. E se vier a se "desiludir" com alguém alegre-se com isto, pois desiludir é se libertar de uma ilusão, assim como desencantar-se é se livrar de um encanto". E o que fazer depois do "the dream is over"? Chorar? Claro que não, de form'alguma, nada disso. Vire a página, siga em frente. E só p'ra completar: na condição de se decepcionado [no devido site] com alguém, não vá sair por aí o difamando ou esculpindo a sua "caveira" para os demais membros. Siga sua vida... e bola p'ra frente.

 

 

   Repetindo: não idealize ninguém, e saia da “caverna de Platão”. A se lembrar que tudo pode ser falso (no que foi dito no primeiro tópico a respeito de nomes, fotos, endereço, perfil, etc.). Mais uma vez eu digo: cuidado, abre o olho, meu amigo (minha amiga). Digo isto caso você se apaixonar por alguém [no site] a se fazer passar pela Isis Valverde, quando é, na verdade, o Silvester Stallone (ou vice-versa).

 

 

   23 - Uma última dica: procure de vez em quando “sair de férias” da plataforma de tais sites. Ficar “off-line mesmo”. Lembrando-se sempre que a vida real é bela. E pode ter certeza, irá lhe fazer muito bem.

 

 

   É isso aí, deixei aqui estas sugestões. Tenho certeza de quem nem todos concordarão com tudo, apenas coloquei aqui a minha opinião. Bom, as malas estão prontas, bora viajar.

 

 

   Pretendo voltar assim que a ridícula “guerra civil” atual no Brasil acabar. Já cansei de ficar no meio desta “zona toda" a qual aqui está, esta “faixa de gaza” a se fazer em todo o território brasileiro (nos espaços urbanos, dentro das famílias, nos ambientes de trabalho, nas redes sociais, em todo o canto). Opto-me pela paz. Fui...

 

 

   Post Scriptum:

   Peço (ou melhor, eu imploro) que não me sigam, mesmo porque estou, na verdade, fugindo de todos, principalmente das chamadas "redes sociais". 

   

 

20/04/2023

 

MÚSICA: “VAMOS FUGIR” – Com Skank

https://www.youtube.com/watch?v=XLpdc_uVSgY

 

Versão ao vivo:

https://www.youtube.com/watch?v=7K0SAPZwpLw

 

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SOMENTE O TEXTO:

 

DICAS PARA QUEM QUER PARTICIPAR DE SITES DE PUBLICAÇÃO E COMPARTILHAMENTO DE TEXTOS

 

   1 – Se sua maior intenção é ser bastante visitado e comentado, de preferência crie uma conta com nome feminino e anexe uma foto de uma jovem simpática e sorridente. Quem é carrancudo será uma espécie de “espantalho” para os outros autores ou leitores. Vai por mim: se você for alguém que tenha uma cara de poucos amigos (com um semblante fechado ou severo), e que não consegue sorrir para fotos, melhor não colocar nenhuma foto de perfil.

   Sendo então, se quiseres ser visitado ou melhore a cara (faça uma plástica, sei lá) ou então, como foi dito antes, coloque a foto de alguém de boa aparência (a que não lembre a sua cara de pitbull ou de quem sofre de distimia [síndrome do mau humor]). Recordando-se que o mundo abre as portas para quem tem uma boa imagem (para quem é bonito). E não estou de gozação.

   E coloque a sua idade com menos de 30 anos (ou, então, não ponha nada, caso não for obrigatório). E jamais esquecendo: é preciso ter um perfil feminino (preferencialmente). Para ser visitado [em sua página] é a primeira isca. ELAS são mais buscada que ELES. Assim como também ELAS são mais respeitadas, a se saber que são tratadas com uma mão mais suave, enquanto muitos DELES são tratados com uma mão mais dura (pelos “paus de espinho” na maiorias dos sites).

 

   2 – Mas se realmente for importante para ti ser visitado, visite e comente o máximo de textos que puder. Nem precisa se dar ao trabalho de ler. Mas, comentar é indispensável, nem que se for com expressões assim: “Que lindo!”, “Amei o texto”, “Parabéns pela belíssima obra, escrita com a sua alma”, “Parabéns pelo seu rico talento”, etc. A pessoa do outro lado se sentirá lisonjeada e acreditará que seu texto foi lido (só que não). Só é certo que alguém leu realmente um texto se [ele] o comentar com detalhes do início ao fim.

 

   3 – Sempre que alguém te visitar (pelo comentário que fará) visite-o também, até mesmo por uma questão de retribuição de gentileza e, sobretudo, de educação (algo que poucas pessoas nos espaços urbanos hoje em dia têm!). Mas, visite-o. Como a se dizer: responda com um “bom dia” a quem lhe deu um “bom dia”.

 

   4 – Não publique textos demasiadamente longos, oh! de forma alguma, ainda que tenhas a intenção de levar a todos uma mensagem que para ti seja relevante. Os trabalhos precisam ser curtos, a se lembrar que o brasileiro – de modo geral – detesta ler. E quando lê é quase sempre por “obrigação”. Mas, se tiver que publicar textos grandes, faça com que [eles] não sejam cansativos, e, se possível, anexe imagens, de forma que pareça como a quem que está lendo uma revista. As imagens ajudam a diminuir o impacto [produzido pelo tamanho do texto].

 

   5 – Caso tenhas vários trabalhos que para ti sejam bastante significativos, vou te dar aqui uma dica interessante: não publique todos num único dia. E por quê? Simplesmente porque os leitores - de modo geral – costumam ir só em sua última publicação. Um fato que até hoje eu não entendi bem. No que [eu] concluo em meu raciocínio: se fui visitado [mais] somente em meu último trabalho é porque as pessoas não estão interessados em meu acervo, mas, talvez, apenas querendo que eu as visite.  

 

   6 – Procure não publicar somente textos com conteúdo sobre política, ideológicos ou que diz respeito a religião. A não ser se não se importar em ter poucos leitores [enquanto estiver no site]. Publique textos “melosos”, “água com açúcar”, semelhantes àquelas mensagens ditas nos programas de televisão pelas manhãs por “gurus de auto-ajuda”. Isso mesmo: daqueles autores que as emissoras contratam só para fazer emocionar o telespectador, e que ficam dizendo coisas bonitas [para os outros], mas que nunca aplicam para suas vidas.

   A se saber que as pessoas [em geral] dão preferência por palavras bonitas e não gostam de ouvir palavras “verdadeiras”. Na verdade, optam em ler autores que lembram o romantismo cor de rosa [de dois séculos atrás] a ler poemas de revolta como os de Bertolt Brecht, a alegar que este tipo de leitura pode piorar a sua depressão. É verdade: preferem ler quem lhes faz entrar no encantado mundo de Alice no País das Maravilhas e não no espaço horrível daqui [que é o Inferno de Dante].

 

   7 – Se possível, não envie trabalhos com conteúdo polêmico, apesar de que os maiores escritores são sempre polêmicos. Mas, se tiver que escrever algum texto que gere conflito ou controvérsia, não deixe de anexar provas, documentos, imagens, gravações, vídeos (como eu sempre faço). Fazendo deste modo, ninguém poderá te confrontar, considerando que ele tem somente a sua opinião enquanto você tem a revelação concreta.

 

   8 - Não caia na tentação de confrontar com algum autor por causa de algum trabalho [dele] que não te agradou. Deixe-o p’ra lá. Você não precisa deste indivíduo. E além do mais o outro tem também seus seguidores e simpatizantes, e podem te boicotar se lerem seus comentários “um pouco mais pesados”. E uma dica que eu acho ser a melhor nesses casos: opte pelo anexo “PUBLICAR OS COMENTÁRIOS SOMENTE SOB A SUA AUTORIZAÇÃO”. Caso deixar livre o espaço dos comentários [para todos] tenha a certeza de que irá receber palavras ofensivas ou indelicadas (muitas vezes só para te provocar). Sim, comentários realizados por pessoas de nível baixo, ou que muitas vezes assim fazem porque têm inveja de seu talento. A se lembrar que eles não são “críticos”, mas sim, ofensivos. Há muita diferença. E se vier de autores cadastrados, melhor bloqueá-los. Mais uma vez repito: você não precisa deles. E jamais discuta com eles. É como nos ensinou o gangster Al Capone: “Jamais discuta com os idiotas”.

   Isso mesmo: discutir com um idiota é descer ao nível dele. Faça como eu, que simplesmente não converso com ignorantes, fanáticos, fundamentalistas (ideológicos ou políticos). Bater boca com eles é dar bom dia a cavalo. Não vale a pena. E completando aqui: todo mundo conhece a chamada “regra de ouro”: “Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles” (Mateus 7:12). A devida regra cabe aqui também, a saber que você deve tratar as pessoas como gostaria de ser tratado. Isso mesmo: aplique-a quando tiver que escrever um comentário. Respeite, como eu tenho certeza de que você gostaria de ser respeitado.

 

   9 – Se não tem conhecimento de um determinado assunto não escreva nada [sobre ele]. Há uma grande possibilidade de você passar vergonha [se for escrever sobre algo a que não tenhas domínio].

   E aqui cabe também ser dito: se você não tem as soluções para os mil problemas deste país (que, desde que me dou por gente, sempre teve problemas) então, pelo amor de Deus, não escreva nada. Não fique nesta bobagem de ficar dizendo "a culpa é do tal sistema", "a autoria do que estamos presenciando é de responsabilidade de fulano de tal", "o país está 'assim" por causa disto", e coisas deste tipo.

   Pense comigo: se [você] cair na tentação de escrever palavras infrutíferas serás somente mais um barulhento na "rede internacional de computadores (Internet)", nesta que parece que virou moda propagar discursos de ódio e mensagens ofensivas. É isso aí, se realmente quiser fazer a diferença escreva e propague aquilo que de fato seja construtivo e verdadeiro. E sempre lembrando: espalhar ódio não é liberdade de expressão, é crime.

 

   10 – Não “vá na onda do momento”. Tenha sempre opinião própria, julgando as coisas por ti mesmo. E não espalhe rumores num espaço em que circula todo tipo de “ruído”. Não propagues “fake news”, a se lembrar que isto é crime.

 

   11 – Não publique textos com mensagens apocalípticas, com dizeres do estilo: “O que está havendo são sinais do final dos tempos”, “tudo o que está acontecendo está escrito na Bíblia”, “esta é a última guerra, o mundo vai acabar”, “converta-se enquanto é tempo”. Raciocine comigo, meu querido: Qual o interesse de tais pessoas a não ser propagar um medo coletivo? Pelo amor de Deus, não queira “dar uma de profeta atual dos finais dos tempos” no espaço do site. O mundo, infelizmente, não vai acabar, não, meu amigo. Desde que me dou por gente tem esta lorota. E se de fato for acabar (a se confirmar a vinda de um gigantesco asteróide na direção do planeta) o que você irá fazer? Ir correndo a alguma agência de seguros? Repito: não use o espaço para escrever mensagens apocalípticas.

 

   12 – Não fique querendo “converter” as pessoas para o “rebanho do Senhor” em função de seus textos. Ou melhor, não fique fazendo proselitismo dando uma de “pregador da Palavra de Deus”, a pretender levar alguém (ou muitos) para a sua igreja (em função de seus textos). É irritante ler este tipo de trabalho. E, aqui, falarei por mim: a única forma que alguém pode talvez me convencer a respeito de sua fé será somente por seu comportamento e não por pregações vazias e chatas, ou construções feitas por palavras ornamentadas (bonitas). Resumindo e aonde eu mais quero chegar: não faça desta plataforma (de fins literários) uma espécie de "pulpito" para pregação de suas convicções religiosas.

 

   13 – E não sejas jamais um “profeta do pessimismo”, a ficar o tempo todo em seus textos dizendo que nada aqui tem mais jeito, ou de decretar “morte cerebral” do espaço em que nos achamos. Ou em outras palavras: pare de ficar desejando o pior para tudo (principalmente para o país). É isso mesmo: quando alguém só escreve coisas negativas é porque, em seu inconsciente, ele deseja o mal para o cenário em que nele estamos. Na verdade ele está gostando de ver "o circo pegando fogo".

 

   14 –Vivo agora e o resto que vá para a puta que o pariu” - (Clarice Lispector); “Que nenhum filho da puta se me atravesse no caminho” - (Fernando Pessoa). Caríssimo (a) leitor(a), não use [jamais] em seus trabalhos palavras vulgares ou chulas como, por exemplo, “FILHO DA PUTA”, “PUTA QUE PARIU”. Só os escritores renomados e famosos é que têm a “carta branca” para colocar essas expressões seus trabalhos, tais como Fernando Pessoa, Clarice Lispector, dentre outros. Para os escritores amadores o uso destes termos não será bem visto. Digo isto para o seu bem, se de fato não querias ser duramente criticado ou que seus antigos leitores (aqueles mais “certinhos”) caiam fora de seu espaço (de sua página).

 

   15 – Evite postar trabalhos com teor “nacionalista” ou em nome de bandeiras ou de um “patriotismo cego”. Em sua essência [eles] são carregados de ódio e intolerância. Tem uma frase do pensador indiano Krishnamurti que diz: “O nacionalismo é um veneno e o patriotismo um entorpecente”. Tal raciocínio se acha atualmente no Brasil.  E nesta divisão ideológica, marcada com visível divisão política, o que mais se vê são discursos de ódio e intolerância. Saia dessa onda, não publique este tipo de conteúdo, então. E muitos membros (dos sites) já estão cansados de “comer deste horrível prato”. E outra coisa mais: estes nacionalismos carregam muitas vezes a marca da “xenofobia”.

    E, portanto, se você não aprova o modo de como muitos nos enxergam [nos países deles] não lhes seja semelhante realizando trabalhos e divulgando-os nas plataformas das redes (mesmo que seja o seu ponto de vista).  

   E por falar em “patriotismo”, me veio agora à memória o conhecido personagem de Lima Barreto – o Policarpo Quaresma. É interessante analisar a sua conduta (totalmente marcada por uma postura patriota, porém, ao extremo). E é onde eu quero chegar e lhe sugerir: não se incorpore na personalidade dele, considerando que chega a ser ridículo o fato de muitos rejeitarem qualquer forma de estrangeirismo.

   Raciocine comigo: o mundo está mais que nunca globalizando e negar a influência (mesmo verbal) de outras culturas é, no mínimo, uma idiotice. Digo isto para o seu bem, isto se você não se importar de ser considerado “o chato da turma”.

 

   16 – Nunca publiques textos de conteúdo preconceituoso (racistas, xenofóbicos, homofóbicos), nem por brincadeira. Lembre-se: racismo, homofobia e xenofobia pertencem à "categoria dos crimes de ódio".

Em outras épocas até era permitido fazer humor com este tipo de preconceito, ao que muito já foi apresentado nas artes (programas de televisão, música, cinema, novelas). Hoje pode dar sérios problemas. E, cá p’ra nós: não se trata somente de desrespeito, mas de “desumanidade”. E, só para concluir este tópico, mais uma vez eu digo, não se trata de “liberdade de expressão”, é “crime”. E repetindo: pode dar sérios prejuízos (desde multas até prisão).

 

   17 – Não queria ser um “Gabriel Garcia Márquez”, ou um “Paulo Neruda”, ou um “José Saramago”. O que eu quero dizer é: Não deseje receber o Prêmio Nobel de Literatura. Não seja megalomaníaco a este ponto. Seja você mesmo, ainda que vivas no anonimato. Ame a sua arte, mas não seja vaidoso em pretender usá-la apenas para te enaltecer. É bobagem isto.

   E só para o teu conhecimento, haverá um tempo em que a Terra será sugada sem piedade por um “buraco negro”, e depois disso ninguém será lembrado, inclusive nenhum ganhador do Prêmio Nobel (e muito menos eu e você).

 

   18 – Não querias também ser um “Camões”, um “Shakespeare”, um “Hemingway”, um “Hesse”. Seja você mesmo e viva na época atual. Nada de achar que para ser considerada Poesia é preciso ter uma linguagem dos tempos do Parnasianismo, do Simbolismo, do Realismo, Romantismo, etc. A Literatura é uma arte que, como qualquer outra, não fica ancorada num cais do tempo. E sejas livre em seu estilo.  E nunca esquecer que nestes sites (que possibilite o envio de trabalhos literários) todos (ou a sua grande maioria) são “amadores”.

 

   19 – Não seja repetitivo em seus trabalhos, para que ninguém diga a seu respeito: “Leu um só texto dele, e leu todo o seu acervo”. Sendo assim, busque mudar de tempos em tempos o seu estilo de escrever, e, se for de seu alcance, escreva de tudo (poemas, crônicas, roteiros, novelas, contos, documentários, etc.). Mas o tempo todo inovando, e, portanto, se renovando.

   Pense comigo: o segredo do longo sucesso dos Beatles é que eles mudavam de estilo (em tudo) e alternavam suas composições, onde chegaria um ponto que se eles cantassem somente “She Loves You” até seus primeiros fãs iriam se enfarar [deles]. O nome disso é “inovação”.

 

   20 – Se não estiver inspirado não escreva nada. Não invente palavras nem as busque. Na Literatura as palavras é que buscam o escritor (todas as vezes em que nasceu uma obra bela). E sobre a questão da inspiração deixo aqui uma mensagem que muitos atribuem ao grande Einstein: “Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se me revela”.

 

   21 - As dicas [aqui] foram dadas para quem deseja entrar (ou mesmo para os que já estão) nos sites de publicação e compartilhamento de trabalhos literários. Sei que usei de ironia em algumas coisas, como, por exemplo, eu também já postei muitos textos de cunho político, já fiz (e quase sempre faço) textos longos, porém nunca usando de forma ofensiva ou preconceituosa. E sempre me apoiando em fatos, evidências e provas. Nada escrevo me apoiando a partir de simpatias ou antipatias, mas tendo sempre o foco da “verdade”.

   Oh! Se não sou por todos compreendido ou agradável?  E quem [por todos] é? Como se diz: nem Cristo agradou a todos! Outra coisa mais: não se preocupe se poucos te visitam. Como dizia o grande escritor Lêdo Ivo: “Para um escritor autêntico, mais de um leitor é exagero”.

 

   24 – Não idealize ninguém neste espaço virtual, não “endeuse” ninguém. Ninguém conhece ninguém [verdadeiramente] mais do que a pessoa que com ele (ela) convive na “vida real”. Não crie expectativas por ninguém só porque se encantou com seus trabalhos. E se vier a se "desiludir" com alguém alegre-se com isto, pois desiludir é se libertar de uma ilusão, assim como desencantar-se é se livrar de um encanto". E o que fazer depois do "the dream is over"? Chorar? Claro que não, de form'alguma, nada disso. Vire a página, siga em frente. E só p'ra completar: na condição de se decepcionado [no devido site] com alguém, não vá sair por aí o difamando ou esculpindo a sua "caveira" para os demais membros. Siga sua vida... e bola p'ra frente.

   Repetindo: não idealize ninguém, e saia da “caverna de Platão”. A se lembrar que tudo pode ser falso (no que foi dito no primeiro tópico a respeito de nomes, fotos, endereço, perfil, etc.). Mais uma vez eu digo: cuidado, abre o olho, meu amigo (minha amiga). Digo isto caso você se apaixonar por alguém [no site] a se fazer passar pela Isis Valverde, quando é, na verdade, o Silvester Stallone (ou vice-versa).

 

   23 - Uma última dica: procure de vez em quando “sair de férias” da plataforma de tais sites. Ficar “off-line mesmo”. Lembrando-se sempre que a vida real é bela. E pode ter certeza, irá lhe fazer muito bem.

 

   É isso aí, deixei aqui estas sugestões. Tenho certeza de quem nem todos concordarão com tudo, apenas coloquei aqui a minha opinião. Bom, as malas estão prontas, bora viajar.

   Pretendo voltar assim que a ridícula “guerra civil” atual no Brasil acabar. Já cansei de ficar no meio desta “zona toda" a qual aqui está, esta “faixa de gaza” a se fazer em todo o território brasileiro (nos espaços urbanos, dentro das famílias, nos ambientes de trabalho, nas redes sociais, em todo o canto). Opto-me pela paz. Fui...

   

   Post Scriptum:

   Peço (ou melhor, eu imploro) que não me sigam, mesmo porque estou, na verdade, fugindo de todos, principalmente das chamadas "redes sociais".

 

20/04/2023

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 20/04/2023
Reeditado em 03/06/2023
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