O NATAL QUE NOS TIRARAM

É mais um ano que deixamos para trás na nossa caminhada pela vida. E nessa jornada, quem fez o que, estará feito; quem não o fez esqueça, porque nesse tempo passado, não mais o fará; poderá tentar no período vindouro, mas com certeza não será no tempo desperdiçado e que já passou.

Porém o Natal se aproxima, o dia do nascimento, marco que nos traz a lembrança à palavra confraternização. Não vejo porque só no Natal devamos buscar o entrosamento que deveria acontecer a cada momento das nossas vidas.

Quase sempre levamos o ano inteiro passando por cima de tudo e de todos, buscando alcançar o ponto mais alto segundo nossas crenças evolutivas; mesmo que para isso, seja necessário utilizar o outro como base de sustentação, o que não nos importa, precisamos atingir os meandros da insensatez humana.

Que bom seria se começássemos no próximo tempo, a ver a vida como um renascimento, a cada minuto, a cada hora e em cada dia nesse caminhar rumo ao nosso destino. Nascemos nós a cada dia que amanhece, a cada noite que chega, em cada chuva que cai, quando aprendemos uma palavra nova, ao darmos ou recebermos um abraço, em cada conversa com o outro, a cada sorriso esboçado, a cada momento que nos refugiamos para repensar a vida, a cada lágrima que despenca por sobre a face, a cada nó na garganta pela emoção que nos aborda e no revisar da vida de forma sutil e abrangente.

Necessitamos de permanente crescimento interior, para podermos expor a nossa maturidade; poder ouvir o outro e ajudá-lo a crescer na aprendizagem da contemplação das pequenas coisas; que se tornarão grandes de acordo com o foco que lhes sejam direcionado.

Que este Natal, não seja mais um dos muitos que já passamos, envoltos em ilusões de cunho efêmero, despojado do maior significado que ele poderia nos envolver.

A nobreza do nascimento, a grandeza da vida, o significado do amor e a paz que tanto precisamos em nossos dias e sabemos que tudo isso só depende de nós seres humanos.

Muitos são aqueles que nos cobram e poucos são os que realizam essa introspecção do renascer e do caminhar como exemplo àqueles que buscam copiar conhecimentos.

Sede pois, a matriz a ser copiada, a pilastra de sustentação para todos os seguidores dos que vivem o Natal, como o renascer para um novo recomeço, como o lapidar das pedras encontradas na estrada que nos leva ao fim da vida terrena.

É difícil o caminho a ser trilhado, mas não impossível de ser transpassado, basta que queiramos e o Natal se converterá no nascimento de uma vida nova. O nascimento do Sábio de todos os sábios: MENINO JESUS.

Rio,13/12/2007

Feitosa dos Santos

A todos os Escritores Recantista e Leitores:

UM FELIZ NATAL

E

PRÓSPERO ANO NOVO.