VOLTEMO-NOS

VOLTEMO-NOS

Saindo de dentro de nossos cubículos, onde de maneira constante buscamos ansiosamente nossas conquistas e avanços, conforme nos são cobrados pela sociedade, ficamos assim, não sabemos se perdidos, se contentes, desiludidos ou semi-estáticos, olhando o acontecer seqüenciado da natureza em sua magnitude. Suas curvas e cores encostam-se aos horizontes e estes seguram nossos olhares fixos na aquarela deste quadro infinito, ouvindo as vozes e a musicalidade desta parte maior ,a natureza, que não se fecha e nem se cansa.

Nós, fragmentos que se afastam desta grandiosidade esquecendo que não podemos nos ilharmos como todo poderoso em nossas criações, esquecemos que respiramos, vivemos e nos alimentamos satisfatoriamente de maneira evolutiva, só unidos a este bloco macrocósmico com sua harmonia ilimitada, colocada em movimento pelo Criador .

Como suas criaturas, formamos uma família imensurável composta de seres vivos e inanimados, com dimensões já conhecidas e os demais seres, onde nossa sapiência limitada ainda não conseguiu chegar.

Cristo, com sua magnanimidade passou-nos com seu exemplo, que somos todos irmãos. Irmãos daqueles que nos sãos simpáticos e também dos inimigos de todos os tipos e graus de maldades, nossos e de toda humanidade. E nos ensinou o “Pai Nosso”.

Francisco de Assis dizia meu irmão sol, minha irmã lua, meus irmãos passarinhos e se desdobrou em toda sua extensão para auxiliar o próximo, conforme os ensinamentos de Mestre. E nós fechados em nossos castelos procurando maneiras ardilosas para crescermos a qualquer custo ! Podemos até crescermos, mas, totalmente disformes. Talvez com a cabeça grande e corpo mirrado, ou corpo normal e membros atrofiados ou exageradamente grandes, por estarmos violando a nossa necessidade maior, de evoluirmos com a natureza harmônica e não simplesmente crescermos. E desta forma apresentar-nos-emos como monstrengos e ainda cheios de razão e egos empinados como se os restante do macrocosmo estivesse fora de forma ou de órbita perdida.

A Natureza em sua grandiosidade aguarda-nos e nos convida a assumirmos nosso espaço vago nela reservado, antes que utilize de sua generosidade para nos recolher, a nosso contra gosto.